Protestos nos Rio de Janeiro terminam com 44 feridos
Até as 23h30 havia focos de confusão pela cidade
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2013 às 06h45.
Rio de Janeiro - Ao fim de uma manifestação que por mais de duas horas se manteve pacífica e reuniu pelo menos 300 mil pessoas na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio , um violento confronto entre policiais e um grupo de participantes começou em frente à sede administrativa da Prefeitura.
A confusão se alastrou por várias ruas da região e deixou um rastro de destruição e pelo menos 44 feridos ou intoxicados e sete detidos. As cenas de guerra civil se repetiram na cidade, como havia ocorrido na segunda-feira, com depredação, saques, incêndios e violência da polícia e de manifestantes.
Até as 23h30 havia focos de confusão pela cidade. Cerca de 100 ativistas estavam em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo, em Laranjeiras (zona sul), e cerca de 400 estudantes da UFRJ se refugiavam em dois prédios da universidade, no centro, alegando que a polícia realizava prisões arbitrárias nas imediações.
Longe dali, um grupo de aproximadamente mil manifestantes interditava a rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio, nas imediações de Resende, no Sul do Estado.
Centenas de pessoas foram atingidas por bombas de gás lançadas por PMs do Regimento de Polícia Montada e do Batalhão de Choque.
O tenente-coronel Anderson de Souza, que comandava o regimento, afirmou que o tumulto começou quando três PMs, que formavam um cordão de isolamento em frente à prefeitura, foram atingidos por pedras. O repórter Pedro Vedova, da emissora de TV Globonews, foi atingido na testa por uma bala de borracha disparada pela PM.
Quiosques instalados no Terreirão do Samba, área pública de shows vizinha ao sambódromo, foram saqueados e incendiados. A Presidente Vargas parecia um cenário de filme de guerra.
Policiais do Choque acuaram os manifestantes em direção à Igreja da Candelária, mas os ativistas resistiam lançando pedras e montando fogueiras e barricadas, sem desistir do confronto. "Resistir, resistir, resistir", gritavam. "Amanhã vai ser maior."
Durante o percurso, agências bancárias, abrigos de ônibus e relógios públicos foram destruídos. Trechos da Presidente Vargas ficaram sem luz durante o conflito. No fim da noite, manifestantes procuraram abrigo no Circo Voador, na Lapa, onde alegam ter sido atacados pela PM com bombas. As estações de metrô situadas ao longo da avenida foram fechadas.
Durante a passeata, o aumento da passagem de ônibus deixou de ser o motivo de protesto, e três reivindicações eram mais frequentes em faixas, cartazes e gritos de guerra: o arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que retira do Ministério Público o poder de investigar; o arquivamento da proposta de "cura gay", projeto em trâmite na Câmara e aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias; e o fim dos investimentos em obras para a Copa do Mundo de 2014.
Militantes que levavam bandeiras de partidos políticos foram mais uma vez recebidos com vaias e palavras de ordem.
Rio de Janeiro - Ao fim de uma manifestação que por mais de duas horas se manteve pacífica e reuniu pelo menos 300 mil pessoas na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio , um violento confronto entre policiais e um grupo de participantes começou em frente à sede administrativa da Prefeitura.
A confusão se alastrou por várias ruas da região e deixou um rastro de destruição e pelo menos 44 feridos ou intoxicados e sete detidos. As cenas de guerra civil se repetiram na cidade, como havia ocorrido na segunda-feira, com depredação, saques, incêndios e violência da polícia e de manifestantes.
Até as 23h30 havia focos de confusão pela cidade. Cerca de 100 ativistas estavam em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo, em Laranjeiras (zona sul), e cerca de 400 estudantes da UFRJ se refugiavam em dois prédios da universidade, no centro, alegando que a polícia realizava prisões arbitrárias nas imediações.
Longe dali, um grupo de aproximadamente mil manifestantes interditava a rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio, nas imediações de Resende, no Sul do Estado.
Centenas de pessoas foram atingidas por bombas de gás lançadas por PMs do Regimento de Polícia Montada e do Batalhão de Choque.
O tenente-coronel Anderson de Souza, que comandava o regimento, afirmou que o tumulto começou quando três PMs, que formavam um cordão de isolamento em frente à prefeitura, foram atingidos por pedras. O repórter Pedro Vedova, da emissora de TV Globonews, foi atingido na testa por uma bala de borracha disparada pela PM.
Quiosques instalados no Terreirão do Samba, área pública de shows vizinha ao sambódromo, foram saqueados e incendiados. A Presidente Vargas parecia um cenário de filme de guerra.
Policiais do Choque acuaram os manifestantes em direção à Igreja da Candelária, mas os ativistas resistiam lançando pedras e montando fogueiras e barricadas, sem desistir do confronto. "Resistir, resistir, resistir", gritavam. "Amanhã vai ser maior."
Durante o percurso, agências bancárias, abrigos de ônibus e relógios públicos foram destruídos. Trechos da Presidente Vargas ficaram sem luz durante o conflito. No fim da noite, manifestantes procuraram abrigo no Circo Voador, na Lapa, onde alegam ter sido atacados pela PM com bombas. As estações de metrô situadas ao longo da avenida foram fechadas.
Durante a passeata, o aumento da passagem de ônibus deixou de ser o motivo de protesto, e três reivindicações eram mais frequentes em faixas, cartazes e gritos de guerra: o arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que retira do Ministério Público o poder de investigar; o arquivamento da proposta de "cura gay", projeto em trâmite na Câmara e aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias; e o fim dos investimentos em obras para a Copa do Mundo de 2014.
Militantes que levavam bandeiras de partidos políticos foram mais uma vez recebidos com vaias e palavras de ordem.