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Protestos mostram compromisso dos jovens, diz CNBB

O presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida, Raymundo Damasceno Assis afirma que a estadia do líder religioso dará novo ânimo à evangelização dos jovens

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, Raymundo Damasceno Assis: o arcebispo afirmou ainda que o papa não ignorará o recente contexto político e social do país. (GettyImages)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 13h44.

Cidade do Vaticano - Os protestos das últimas semanas pelo país demonstram a não acomodação dos jovens brasileiros, afirmou o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, Raymundo Damasceno Assis.

"As recentes manifestações que se verificaram no nosso país são um sinal do fato que, diante da situação de sofrimento na qual se encontram muitos brasileiros, os jovens não se deixaram contaminar pela cultura do bem-estar que leva à indiferença em relação ao próximo", disse Assis em artigo publicado nesta quinta-feira pelo jornal vaticano "L"Osservatore Romano".

O texto foi escrito por ocasião da visita do papa Francisco ao país na próxima semana, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Na publicação, o presidente da CNBB disse que a Igreja Católica respira um ar novo com o primeiro pontífice latino-americano.

Assis considerou que a estadia do líder religioso dará novo ânimo à evangelização dos jovens, "que mereceram a atenção especial da Igreja no Brasil nos últimos anos".

"Mesmo havendo muitos jovens ativos nas nossas comunidades, preocupa-nos o número dos que se estão a afastar delas. Não porque deixaram de acreditar em Deus. A fé continua a estar viva em seus corações, mas deixaram de sentir a necessidade da mediação da Igreja para a viver e testemunhar", considerou.

O arcebispo afirmou ainda que o papa não ignorará o recente contexto político e social do país, que, como o próprio cardeal destacou, teve os jovens como atores principais.


"Ainda ressoa em nossos ouvidos o clamor das centenas de milhares de jovens que, enchendo as praças e as ruas de nosso país, expressaram sua indignação diante da estrutura de poder e as ações das instituições que ferem a vida e violam a dignidade humana", salientou Assis, que pediu que os jovens continuem se interessando pelos principais assuntos da sociedade.

"Para o papa, a globalização da indiferença nos torna anônimos, responsáveis sem nome e sem cara. Não queremos uma juventude alienada e indiferente", escreveu.

"Que sua presença entre o povo brasileiro nos coloque no compromisso da fé, da solidariedade e da justiça social. Bem-vindo, papa Francisco", finalizou.

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Cidade do Vaticano - Os protestos das últimas semanas pelo país demonstram a não acomodação dos jovens brasileiros, afirmou o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, Raymundo Damasceno Assis.

"As recentes manifestações que se verificaram no nosso país são um sinal do fato que, diante da situação de sofrimento na qual se encontram muitos brasileiros, os jovens não se deixaram contaminar pela cultura do bem-estar que leva à indiferença em relação ao próximo", disse Assis em artigo publicado nesta quinta-feira pelo jornal vaticano "L"Osservatore Romano".

O texto foi escrito por ocasião da visita do papa Francisco ao país na próxima semana, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Na publicação, o presidente da CNBB disse que a Igreja Católica respira um ar novo com o primeiro pontífice latino-americano.

Assis considerou que a estadia do líder religioso dará novo ânimo à evangelização dos jovens, "que mereceram a atenção especial da Igreja no Brasil nos últimos anos".

"Mesmo havendo muitos jovens ativos nas nossas comunidades, preocupa-nos o número dos que se estão a afastar delas. Não porque deixaram de acreditar em Deus. A fé continua a estar viva em seus corações, mas deixaram de sentir a necessidade da mediação da Igreja para a viver e testemunhar", considerou.

O arcebispo afirmou ainda que o papa não ignorará o recente contexto político e social do país, que, como o próprio cardeal destacou, teve os jovens como atores principais.


"Ainda ressoa em nossos ouvidos o clamor das centenas de milhares de jovens que, enchendo as praças e as ruas de nosso país, expressaram sua indignação diante da estrutura de poder e as ações das instituições que ferem a vida e violam a dignidade humana", salientou Assis, que pediu que os jovens continuem se interessando pelos principais assuntos da sociedade.

"Para o papa, a globalização da indiferença nos torna anônimos, responsáveis sem nome e sem cara. Não queremos uma juventude alienada e indiferente", escreveu.

"Que sua presença entre o povo brasileiro nos coloque no compromisso da fé, da solidariedade e da justiça social. Bem-vindo, papa Francisco", finalizou.

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