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Protesto lembra mortes em comunidade do Rio

Muitos vestem camisetas pretas com a frase "Estado que mata, nunca mais!"

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 17h41.

Rio - Cerca de 800 manifestantes ocuparam na tarde desta terça-feira a pista lateral da Avenida Brasil sentido zona norte, no Rio, em ato para lembrar os dez mortos da comunidade Nova Holanda, no Complexo da Maré, durante ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizada na noite do dia 24.

Muitos vestem camisetas pretas com a frase "Estado que mata, nunca mais!". Uma grande faixa com a mesma frase foi estendida no carro de som estacionado na esquina de uma das ruas de acesso à favela . Policiais militares acompanham, de longe, a manifestação.

Além da investigação das mortes e punição dos responsáveis, manifestantes exigem um pedido de desculpas do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) pela chacina.

No dia 24, um grupo não identificado realizava roubos na Avenida Brasil e, de acordo com a Polícia Militar (PM), teria corrido para a Maré pela Rua Teixeira Ribeiro, um dos acessos mais movimentados. O Bope iniciou então uma incursão, oficialmente em resposta aos roubos, e um sargento foi baleado e morto.

A partir daí, moradores relataram ter testemunhado cenas de terror dentro da comunidade. Foram assassinados nove moradores. A diretora da organização não governamental Redes da Maré, Eliana Sousa, cuja entidade atua há 17 anos na comunidade, classificou os assassinatos praticados por policiais em favelas de uma maneira geral como "genocídio" e disse que um dos objetivos do ato é "forçar o governador a fazer um pedido de desculpas". "Não dá para ter respeito só onde tem UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A cidade toda precisa ser respeitada."

Referindo-se às UPPs, o sociólogo Luiz Eduardo Soares disse que "é como se hoje tivéssemos um biombo para turistas, uma vitrine civilizada que esconde a realidade dramática que continua ocorrendo em outras áreas da cidade". Um dos organizadores do ato, Jaílson de Souza e Silva, da ONG Observatório de Favelas, disse que a PM é "um instrumento" e que Cabral Filho e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, "devem assumir responsabilidades pelo que ocorreu". Está prevista a realização de um ato ecumênico no local até as 19 horas.

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Muitos vestem camisetas pretas com a frase "Estado que mata, nunca mais!". Uma grande faixa com a mesma frase foi estendida no carro de som estacionado na esquina de uma das ruas de acesso à favela . Policiais militares acompanham, de longe, a manifestação.

Além da investigação das mortes e punição dos responsáveis, manifestantes exigem um pedido de desculpas do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) pela chacina.

No dia 24, um grupo não identificado realizava roubos na Avenida Brasil e, de acordo com a Polícia Militar (PM), teria corrido para a Maré pela Rua Teixeira Ribeiro, um dos acessos mais movimentados. O Bope iniciou então uma incursão, oficialmente em resposta aos roubos, e um sargento foi baleado e morto.

A partir daí, moradores relataram ter testemunhado cenas de terror dentro da comunidade. Foram assassinados nove moradores. A diretora da organização não governamental Redes da Maré, Eliana Sousa, cuja entidade atua há 17 anos na comunidade, classificou os assassinatos praticados por policiais em favelas de uma maneira geral como "genocídio" e disse que um dos objetivos do ato é "forçar o governador a fazer um pedido de desculpas". "Não dá para ter respeito só onde tem UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A cidade toda precisa ser respeitada."

Referindo-se às UPPs, o sociólogo Luiz Eduardo Soares disse que "é como se hoje tivéssemos um biombo para turistas, uma vitrine civilizada que esconde a realidade dramática que continua ocorrendo em outras áreas da cidade". Um dos organizadores do ato, Jaílson de Souza e Silva, da ONG Observatório de Favelas, disse que a PM é "um instrumento" e que Cabral Filho e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, "devem assumir responsabilidades pelo que ocorreu". Está prevista a realização de um ato ecumênico no local até as 19 horas.

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