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Protesto do MPL no Rio termina em confronto

Cerca de 400 manifestantes saíram em passeata pela avenida Presidente Vargas rumo à estação Central do Brasil

Protesto contra o aumento da passagem de ônibus no Rio de Janeiro (Fernando Frazão/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 20h20.

Rio - Um protesto organizado pelo Movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa do ônibus municipal do Rio terminou em confronto entre policiais militares e ativistas, muitos deles mascarados, na estação ferroviária Central do Brasil, no centro do Rio, nesta quinta-feira, 6, à noite.

O ato começou ao redor da igreja da Candelária, por volta das 17h30. Uma hora depois, cerca de 400 manifestantes saíram em passeata pela avenida Presidente Vargas rumo à Central - embora a tarifa alvo do protesto fosse dos ônibus e não dos trens.

A caminho da estação, aos gritos de "não vai ter Copa", dezenas de ativistas mascarados promoveram momentos de correria e tentaram agredir um cinegrafista acusado de integrar o serviço reservado da PM.

Quando chegaram à Central, os manifestantes subiram nas roletas e incentivaram os passageiros a passar por elas sem pagar. Até então os policiais que acompanhavam a manifestação não interferiram. Nas duas manifestações mais recentes convocadas pela mesma razão, os ativistas haviam agido da mesma forma, incentivando o não pagamento da tarifa, mas nada foi quebrado nem houve confrontos entre policiais e ativistas.

Nesta quinta, ao contrário, um grupo arrancou uma roleta, enquanto outro quebrou vidros de uma das lojas situadas no saguão da estação. Comerciantes fecharam as portas de suas lojas, e o tumulto aumentou. Nesse momento, os policiais atacaram os manifestantes, usando cassetetes. A maioria dos ativistas pulou as catracas novamente e fugiu rumo à rua.

Em seguida, um grupo tentou voltar ao saguão, e a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo. Embora o pé direito do prédio seja alto, o gás se espalhou rapidamente e centenas de passageiros e ativistas correram para a rua.

Os confrontos se espalharam pelas imediações do prédio da Central do Brasil (onde também funciona a Secretaria Estadual de Segurança) e só foram controlados cerca de uma hora depois. O comércio fechou e a avenida Presidente Vargas ficou interditada no sentido zona norte. Muitos passageiros procuravam abrigo, tossindo após inalar gás pimenta. Ao longo da avenida Presidente Vargas, pelo menos cinco pontos de ônibus foram destruídos e dezenas de sacos de lixo, incendiados.

Até as 20h45 não havia balanço de presos ou feridos. A reportagem flagrou três pessoas sendo atendidas pelos bombeiros - uma desmaiada e duas com problemas respiratórios.

A tarifa do ônibus passará de R$ 2,75 para R$ 3 no próximo sábado, 8.

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O ato começou ao redor da igreja da Candelária, por volta das 17h30. Uma hora depois, cerca de 400 manifestantes saíram em passeata pela avenida Presidente Vargas rumo à Central - embora a tarifa alvo do protesto fosse dos ônibus e não dos trens.

A caminho da estação, aos gritos de "não vai ter Copa", dezenas de ativistas mascarados promoveram momentos de correria e tentaram agredir um cinegrafista acusado de integrar o serviço reservado da PM.

Quando chegaram à Central, os manifestantes subiram nas roletas e incentivaram os passageiros a passar por elas sem pagar. Até então os policiais que acompanhavam a manifestação não interferiram. Nas duas manifestações mais recentes convocadas pela mesma razão, os ativistas haviam agido da mesma forma, incentivando o não pagamento da tarifa, mas nada foi quebrado nem houve confrontos entre policiais e ativistas.

Nesta quinta, ao contrário, um grupo arrancou uma roleta, enquanto outro quebrou vidros de uma das lojas situadas no saguão da estação. Comerciantes fecharam as portas de suas lojas, e o tumulto aumentou. Nesse momento, os policiais atacaram os manifestantes, usando cassetetes. A maioria dos ativistas pulou as catracas novamente e fugiu rumo à rua.

Em seguida, um grupo tentou voltar ao saguão, e a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo. Embora o pé direito do prédio seja alto, o gás se espalhou rapidamente e centenas de passageiros e ativistas correram para a rua.

Os confrontos se espalharam pelas imediações do prédio da Central do Brasil (onde também funciona a Secretaria Estadual de Segurança) e só foram controlados cerca de uma hora depois. O comércio fechou e a avenida Presidente Vargas ficou interditada no sentido zona norte. Muitos passageiros procuravam abrigo, tossindo após inalar gás pimenta. Ao longo da avenida Presidente Vargas, pelo menos cinco pontos de ônibus foram destruídos e dezenas de sacos de lixo, incendiados.

Até as 20h45 não havia balanço de presos ou feridos. A reportagem flagrou três pessoas sendo atendidas pelos bombeiros - uma desmaiada e duas com problemas respiratórios.

A tarifa do ônibus passará de R$ 2,75 para R$ 3 no próximo sábado, 8.

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