Protesto diante da ONU pede respostas à morte de Marielle
Com cartazes denunciando a violência no Brasil, grupos brasileiros e estrangeiros exigiam a realização de investigações independentes do caso
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de março de 2018 às 22h05.
Genebra - Cerca de 150 pessoas se reuniram nesta sexta-feira, 23, diante da sede da ONU em Genebra para pedir respostas diante do assassinato de Marielle Franco , vereadora carioca do PSOL .
Com cartazes denunciando a violência no Brasil, grupos brasileiros e estrangeiros exigiam a realização de investigações independentes sobre o caso e que os responsáveis sejam levados à Justiça.
Em português, inglês e francês, oradores se alternaram para ler a declaração que cerca de cem entidades fizeram durante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, na última terça-feira.
Mariana Tavares, estudante brasileira que organizou o evento, ainda contou com a colaboração de sindicatos suíços. "Muitos que falam a verdade ao poder no Brasil sofrem violência e estigmatização sem precedentes", afirmou.
A pressão sobre o governo brasileiro, porém, deve se intensificar nos próximos dias. Relatores da ONU querem respostas oficiais por parte de Brasilia e, na próxima semana, podem emitir novos comunicados denunciando o País.
Para 2018, porém, o governo brasileiro não irá receber relatores de direitos humanos da entidade. Dois deles - Michel Forst e Phillip Alston - receberam indicações que apenas serão recebidos no Brasil em 2019, depois das eleições presidenciais. Um terceiro teve sua visita cancelada.