Propina da Odebrecht continuou até novembro, diz Lava Jato
Marcelo Odebrecht foi condenado no mês passado pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos em primeiro grau da Lava Jato
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2016 às 09h23.
São Paulo - Mesmo com o presidente da empreiteira, Marcelo Bahia Odebrecht , preso a Operação Lava Jato descobriu indícios de que os pagamentos de propina do Grupo Odebrecht ocorreram até novembro de 2015, aponta o Ministério Público Federal. A Operação Xepa, 26ª fase deflagrada nesta terça-feira, 22, cumpre 110 mandatos em oito Estados, sendo 15 de prisões.
"Apurou-se que as tratativas acerca dos pagamentos de vantagens indevidas se estenderam até, pelo menos, novembro de 2015, conforme comprovado por troca de e-mails entre os investigados", informa a força-tarefa da Lava Jato.
Os pagamento se davam, segundo as evidências surgidas após a Operação Acarajé - 23ª fase deflagrada em 22 de fevereiro, por meio de uma estrutura do Grupo Odebrecht "profissionalmente organizada" chamado "setor de operações estruturadas".
"Este setor tinha dentre suas missões viabilizar, mediante 'pagamentos paralelos', atividades ilícitas realizadas em favor da empresa. Para operacionalizar o esquema ilícito, foi instalado dentro do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht um sistema informatizado próprio, utilizado para armazenar os dados referentes ao processamento de pagamentos ilícitos e para permitir a comunicação reservada entre os executivos e funcionários envolvidos nas tarefas ilícitas."
Marcelo Odebrecht foi condenado no mês passado pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos em primeiro grau da Lava Jato, a 19 anos de prisão, na primeira ação pena envolvendo o grupo.
A nova fase complica a vida do empreiteiro - detido desde 19 de junho, em Curitiba, alvo da 14ª fase batizada de Operação Erga Omnes.
"Dentre as razões que embasaram as prisões preventivas estão as novas evidências de pagamentos de propinas vultosas, disseminadas e sistematizadas como modelo de negócio, até data recente, mesmo após a 14ª fase da Lava Jato, a qual focou sobre a atividade ilícita da Odebrecht", informa o MPF.
"Os indicativos de obstrução à investigação, com a destruição de arquivos e informações; bem como as provas de mudança para o exterior, por conta da empresa e após a deflagração da Lava Jato, dos funcionários responsáveis pela estruturação dos pagamentos ilícitos."
A Operação Xepa é desdobramento da 23ª fase - Operação Acarajé - em que foi preso o marqueteiro do PT João Santana e sua mulher, Mônica Moura.
Eles receberam pelo menos US$ 3 milhões da Odebrecht em conta secreta na Suíça. A partir dessas investigações, foram descobertas as planilhas secretas da empreiteira com pagamentos de propina e codinomes.
"A partir das planilhas obtidas e das anotações contidas no celular de Marcelo Odebrecht, obtiveram-se mais evidências contundentes de que este, então Presidente da Organização Odebrecht, não apenas tinha conhecimento e anuía com os pagamentos ilícitos, mas também comandava diretamente o pagamento de algumas vantagens indevidas, como, por exemplo, as vantagens indevidas repassadas aos publicitários e também investigados Monica Moura e João Santana", informa o MPF.
São Paulo - Mesmo com o presidente da empreiteira, Marcelo Bahia Odebrecht , preso a Operação Lava Jato descobriu indícios de que os pagamentos de propina do Grupo Odebrecht ocorreram até novembro de 2015, aponta o Ministério Público Federal. A Operação Xepa, 26ª fase deflagrada nesta terça-feira, 22, cumpre 110 mandatos em oito Estados, sendo 15 de prisões.
"Apurou-se que as tratativas acerca dos pagamentos de vantagens indevidas se estenderam até, pelo menos, novembro de 2015, conforme comprovado por troca de e-mails entre os investigados", informa a força-tarefa da Lava Jato.
Os pagamento se davam, segundo as evidências surgidas após a Operação Acarajé - 23ª fase deflagrada em 22 de fevereiro, por meio de uma estrutura do Grupo Odebrecht "profissionalmente organizada" chamado "setor de operações estruturadas".
"Este setor tinha dentre suas missões viabilizar, mediante 'pagamentos paralelos', atividades ilícitas realizadas em favor da empresa. Para operacionalizar o esquema ilícito, foi instalado dentro do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht um sistema informatizado próprio, utilizado para armazenar os dados referentes ao processamento de pagamentos ilícitos e para permitir a comunicação reservada entre os executivos e funcionários envolvidos nas tarefas ilícitas."
Marcelo Odebrecht foi condenado no mês passado pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos em primeiro grau da Lava Jato, a 19 anos de prisão, na primeira ação pena envolvendo o grupo.
A nova fase complica a vida do empreiteiro - detido desde 19 de junho, em Curitiba, alvo da 14ª fase batizada de Operação Erga Omnes.
"Dentre as razões que embasaram as prisões preventivas estão as novas evidências de pagamentos de propinas vultosas, disseminadas e sistematizadas como modelo de negócio, até data recente, mesmo após a 14ª fase da Lava Jato, a qual focou sobre a atividade ilícita da Odebrecht", informa o MPF.
"Os indicativos de obstrução à investigação, com a destruição de arquivos e informações; bem como as provas de mudança para o exterior, por conta da empresa e após a deflagração da Lava Jato, dos funcionários responsáveis pela estruturação dos pagamentos ilícitos."
A Operação Xepa é desdobramento da 23ª fase - Operação Acarajé - em que foi preso o marqueteiro do PT João Santana e sua mulher, Mônica Moura.
Eles receberam pelo menos US$ 3 milhões da Odebrecht em conta secreta na Suíça. A partir dessas investigações, foram descobertas as planilhas secretas da empreiteira com pagamentos de propina e codinomes.
"A partir das planilhas obtidas e das anotações contidas no celular de Marcelo Odebrecht, obtiveram-se mais evidências contundentes de que este, então Presidente da Organização Odebrecht, não apenas tinha conhecimento e anuía com os pagamentos ilícitos, mas também comandava diretamente o pagamento de algumas vantagens indevidas, como, por exemplo, as vantagens indevidas repassadas aos publicitários e também investigados Monica Moura e João Santana", informa o MPF.