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Promotoria pede absolvição por 21 mortes do Carandiru

De acordo com a acusação, os 25 PMs acusados responderão apenas pelas mortes no corredor esquerdo do pavilhão, onde ficou provado que houve atuação da tropa


	"A intenção é não prejulgar as vítimas", enfatizou o promotor. "Não se trata de um julgamento da polícia de São Paulo, mas de uma conduta criminosa", completou
 (Marcelo Camargo/ABr)

"A intenção é não prejulgar as vítimas", enfatizou o promotor. "Não se trata de um julgamento da polícia de São Paulo, mas de uma conduta criminosa", completou (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 16h22.

São Paulo - Na fase final do julgamento sobre o massacre do Carandiru, que ocorre nesta sexta-feira, 02, no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, o promotor Fernando Pereira da Silva pediu a absolvição dos réus pelas mortes de 21 dos 73 detentos no segundo andar do Carandiru em outubro de 1992.

De acordo com a acusação, os 25 PMs acusados responderão apenas pelas mortes no corredor esquerdo do pavilhão, onde ficou provado que houve atuação da tropa.

Das 21 vítimas excluídas do rol da promotoria, 14 morreram no corredor direito, quatro morreram em outro local e três foram atingidas por arma branca, o que seria resultado de confronto com outros presos. "Não queremos cometer injustiças", declarou o promotor.

"A intenção é não prejulgar as vítimas", enfatizou o promotor. "Não se trata de um julgamento da polícia de São Paulo, mas de uma conduta criminosa", completou.

O massacre do Carandiru, nas palavras do promotor Fernando Pereira da Silva, foi "a maior matança consignada mundialmente em um presídio". Ele destaca aos jurados que a Constituição assegura aos presos a integridade física e moral.

Durante a argumentação, o promotor explorou contradições apresentadas durante os depoimentos desta semana e o que foi apresentado pelos acusados em 1992. A promotoria também exibe aos jurados ilustrações que retratam os corpos encontrados com tiros na cabeça e no peito, de cima para baixo, como se tivessem sido executados.

Por volta das 13h40 o julgamento teve uma pausa para almoço e foi retomado depois de cerca de 90 minutos, agora com a apresentação da defesa dos réus, feita pela advogada Ieda Ribeiro de Souza.

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