Promotores vão avaliar documentos contra cartel
O objetivo da visita para Berna é identificar, com novos documentos, eventuais funcionários públicos e mesmo políticos que tenham se beneficiado das propinas
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 19h51.
Genebra - A Suíça detém documentos e extratos bancários do elo entre as empresas envolvidas no cartel dos trens de São Paulo e as autoridades públicas nacionais que se beneficiaram da corrupção.
Os documentos poderão ser compartilhados com uma delegação de promotores e procuradores brasileiros que viajou nesta segunda-feira para Berna.
Entre os citados está o consultor Arthur Teixeira, considerado um dos operadores do esquema de pagamentos de propinas nas licitações envolvendo os cartéis dos trens São Paulo, a Alstom e em obras públicas no Brasil.
O objetivo da visita é identificar, com os novos documentos, eventuais funcionários públicos e mesmo políticos que tenham se beneficiado das propinas.
A Justiça da Suíça confirmou que dispõe de um "amplo material" em relação ao envolvimento da Alstom em contratos suspeitos no Brasil.
Berna também deu indicações que está disposta a colaborar e, por isso, fez o convite aos brasileiros para que viajassem para a Suíça para debater de que forma essa consulta ocorreria.
Numa demonstração de que não existem problemas entre os dois países, a delegação conta com o procurador da República Rodrigo de Grandis, que chegou a sofrer um processo por suspeita de não ter atendido solicitação de cooperação da Suíça no caso Alstom, em 2011.
A esperança é de que, com seus extratos identificados, a Justiça no Brasil possa avançar na identificação de quem recebeu dinheiro e quem se beneficiou do cartel que, entre o final dos anos 1990 e 2008, ganhou contratos bilionários da CPTM) e do Metrô do Distrito Federal.
A suspeito é de que as contas de Teixeira no exterior fossem usadas como instrumento para o pagamento de propina a servidores e políticos.
Numa das remessas, o consultor enviou US$ 250 mil à conta em Genebra em nome do ex-diretor da CPTM João Roberto Zaniboni.
Em seu depoimento, ele alegou que o dinheiro era o pagamento de "serviços de consultoria".
Os promotores brasileiros querem dos suíços informações sobre os lobistas que teriam atuado como intermediários, emitindo notas falsas como empresas de consultoria.
A suspeita é de que esses serviços prestados jamais existiram.
Genebra - A Suíça detém documentos e extratos bancários do elo entre as empresas envolvidas no cartel dos trens de São Paulo e as autoridades públicas nacionais que se beneficiaram da corrupção.
Os documentos poderão ser compartilhados com uma delegação de promotores e procuradores brasileiros que viajou nesta segunda-feira para Berna.
Entre os citados está o consultor Arthur Teixeira, considerado um dos operadores do esquema de pagamentos de propinas nas licitações envolvendo os cartéis dos trens São Paulo, a Alstom e em obras públicas no Brasil.
O objetivo da visita é identificar, com os novos documentos, eventuais funcionários públicos e mesmo políticos que tenham se beneficiado das propinas.
A Justiça da Suíça confirmou que dispõe de um "amplo material" em relação ao envolvimento da Alstom em contratos suspeitos no Brasil.
Berna também deu indicações que está disposta a colaborar e, por isso, fez o convite aos brasileiros para que viajassem para a Suíça para debater de que forma essa consulta ocorreria.
Numa demonstração de que não existem problemas entre os dois países, a delegação conta com o procurador da República Rodrigo de Grandis, que chegou a sofrer um processo por suspeita de não ter atendido solicitação de cooperação da Suíça no caso Alstom, em 2011.
A esperança é de que, com seus extratos identificados, a Justiça no Brasil possa avançar na identificação de quem recebeu dinheiro e quem se beneficiou do cartel que, entre o final dos anos 1990 e 2008, ganhou contratos bilionários da CPTM) e do Metrô do Distrito Federal.
A suspeito é de que as contas de Teixeira no exterior fossem usadas como instrumento para o pagamento de propina a servidores e políticos.
Numa das remessas, o consultor enviou US$ 250 mil à conta em Genebra em nome do ex-diretor da CPTM João Roberto Zaniboni.
Em seu depoimento, ele alegou que o dinheiro era o pagamento de "serviços de consultoria".
Os promotores brasileiros querem dos suíços informações sobre os lobistas que teriam atuado como intermediários, emitindo notas falsas como empresas de consultoria.
A suspeita é de que esses serviços prestados jamais existiram.