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Projeto cria Universidade Virtual em São Paulo

Com foco em cursos superiores semipresenciais e a distância, Fundação Univesp será a quarta universidade pública estadual paulista

“Com a Univesp, utilizaremos as tecnologias da informação e comunicação para incluir mais estudantes e oferecer ensino a distância e semipresencial de qualidade”, disse Alckmin (José Luis da Conceição/Governo de SP)

“Com a Univesp, utilizaremos as tecnologias da informação e comunicação para incluir mais estudantes e oferecer ensino a distância e semipresencial de qualidade”, disse Alckmin (José Luis da Conceição/Governo de SP)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 08h59.

São Paulo - O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou nesta quarta-feira (18/04), em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, um projeto de lei para criação da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).

Com foco exclusivo em cursos superiores semipresenciais e a distância gratuitos, a Fundação Univesp será a quarta universidade pública estadual paulista, ao lado da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O objetivo da universidade virtual será aumentar a oferta e a distribuição de vagas no ensino superior paulista, que atendem cerca de 10% dos concluintes do ensino médio no estado e estão concentradas em apenas alguns dos 645 municípios paulistas.

“Nós temos as três melhores universidades públicas, mas o acesso a elas não é fácil. Com a Univesp, utilizaremos as tecnologias da informação e comunicação para incluir mais estudantes e oferecer ensino a distância e semipresencial de qualidade”, disse Alckmin durante o evento.

De acordo com o governador, a meta é que em menos de quatro anos a Fundação Univesp atenda mais de 24 mil estudantes. Juntas, as três universidades públicas paulistas possuem hoje mais de 170 mil alunos.

“A Univesp utilizará a linguagem do século 21, da tecnologia da informação, para ampliar a formação universitária no Estado de São Paulo”, disse Alckmin, que solicitou aos parlamentares presentes no evento que acelerassem o mais rápido possível a aprovação da instituição na Assembleia Legislativa do Estado.


Se aprovada, a Fundação Univesp será criada por um decreto do governador do estado. Em seguida, deverá obter o reconhecimento do Conselho Estadual de Educação e poderá credenciar novos cursos superiores junto ao Ministério da Educação (MEC).

A ideia é que os cursos sejam propostos e realizados pela Fundação Univesp ou em parceria com as universidades estaduais paulistas e o Centro Paula Souza (CEETEPS), com os quais a universidade virtual já vinha ministrando cursos de graduação desde que foi lançada, em 2008, na forma de um programa de expansão do ensino superior no Estado de São Paulo.

“A transformação da Univesp em fundação nos dará autonomia didático-científica para realizarmos não somente cursos em parceria com as instituições públicas de ensino superior paulistas, como também propormos e criarmos cursos próprios levando em conta, por exemplo, as áreas em que há maior carência de profissionais, como as de ciências e linguagem, e as demandas de mercado”, disse Carlos Vogt, coordenador da Univesp. Vogt foi reitor da Unicamp e é ex-presidente da Fapesp.

Atualmente a Univesp oferece uma licenciatura em pedagogia, em parceria com a Unesp, além de um curso de graduação em ciências e de especialização em ética, valores e saúde na escola com a USP. Com a institucionalização, a ideia é que a universidade virtual passe a oferecer nos primeiros anos de operação cursos próprios de licenciatura em língua portuguesa e matemática, além de bacharelados em sistemas para comércio eletrônico e em segurança da informação.

A universidade virtual também deverá realizar um novo curso de graduação em tecnologia em processos gerenciais em parceria com o CEETEPS. Além disso, está planejando a criação de cursos de graduação em engenharia da computação e de engenharia de produção em computação com a Unesp, de especialização em formação de educadores para linguagem brasileira de sinais com a Unicamp e de formação de professores de engenharia com a Escola Politécnica (Poli) da USP.


Além de cursos de graduação e pós-graduação, a Fundação Univesp também deverá desenvolver cursos de extensão acadêmica, como de inglês e espanhol para agentes de serviços públicos, civis e militares.

“A ideia é que a Univesp atue em uma linha voltada para a educação formal, com a realização de cursos de graduação e pós-graduação, e em outra linha direcionada para o que estamos chamando de ‘educação para cidadania’, promovendo cursos de capacitação, treinamento e atualização que integram o conceito de educação continuada”, explicou Vogt.

A expectativa do dirigente é que em 2013 a universidade virtual já possa oferecer seus próprios cursos, compostos por 60% de atividades a distância e 40% presenciais e cujo processo seletivo será realizado por meio de vestibular.

Além da autonomia didático-científica e orçamento próprio, estimado em R$ 24 milhões para dar início às suas atividades, a institucionalização da Univesp também permitirá à universidade virtual captar recursos de outras fontes, como de agências de financiamento à pesquisa, para a realização de projetos relacionados ao desenvolvimento de metodologias baseadas no uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs).

“A Univesp poderá realizar, por exemplo, pesquisas relacionadas à aplicação de TICs na educação com apoio da Fapesp”, exemplificou Paulo Alexandre Barbosa, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, a que a Univesp está vinculada.

A instituição deverá ter, no máximo, 40 docentes fixos, sendo 35 professores doutores e cinco titulares, e um quadro técnico-administrativo composto por cerca de 90 funcionários

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