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Programa de governo de Marina propõe flexibilizar Mercosul

Coordenador do programa de governo de Marina, Rands antecipou hoje em São Paulo parte do plano da diplomacia da candidata


	Marina Silva: programa de governo de Marina, caso vença as eleições de outubro, deverá manter parte da diplomacia da presidente Dilma Rousseff
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Marina Silva: programa de governo de Marina, caso vença as eleições de outubro, deverá manter parte da diplomacia da presidente Dilma Rousseff (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 17h33.

São Paulo - A candidata do PSB, Marina Silva, defenderá a flexibilização do Mercosul para que o Brasil possa assinar acordos comerciais com outros países ou regiões sem ter de depender integralmente da decisão dos sócios do bloco sul-americano, afirmou nesta sexta-feira o ex-deputado federal Mauricio Rands.

Coordenador do programa de governo de Marina, Rands antecipou hoje em São Paulo parte do plano da diplomacia da candidata.

"Queremos uma reorientação da política externa, valorizando e dinamizando o Mercosul", afirmou Rands em seu discurso ao lado de Marina Silva, no lançamento oficial do programa de governo.

Rands, coordenador do programa junto com Neca Setúbal, enfatizou que o Mercosul deverá ter um mecanismo para que o Brasil possa "acelerar tratados com outros blocos" sem a necessidade que outro membro do bloco faça o mesmo no mesmo momento.

Por isso falou de um mecanismo com "duas velocidades" para o bloco sul-americano integrado também por Argentina, Venezuela, Uruguai e Paraguai.

Segundo o Tratado de Assunção de 1991, os países do Mercosul não podem assinar acordos de liberalização de mercadorias com outros blocos ou países sem o acordo do bloco.

Para Rands, o programa de governo de Marina, caso vença as eleições de outubro, deverá manter parte da diplomacia da presidente Dilma Rousseff como a política "Sul-Sul".

"Queremos um Brasil mais pró-ativo, algo que a ordem mundial necessita. O Brasil deve assumir um protagonismo maior", enfatizou.

Por sua vez, Neca Setúbal negou perante os jornalistas que sua presença na campanha se deva à influência de sua família, fundadora do Banco Itaú.

"Tenho uma trajetória de 30 anos como educadora e trabalhadora social. Nunca ocupei cargos no banco Itaú", disse a irmã do presidente do banco, Roberto Setúbal.

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