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Professores ocupam Secretaria da Educação no Ceará

Cerca de 100 pessoas, segundo o movimento, pretendem continuar no local e estão organizando colchões e mantimentos

Camilo Santana, governador do Ceará: “A gente só vai sair desse prédio quando o governador em pessoa vier negociar com a gente" (Facebook/Camilo Santana)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 20h44.

Professores da rede estadual de ensino do Ceará , em greve desde o dia 25 de abril, ocupam a sede da Secretaria da Educação (Seduc) desde a manhã de hoje (2).

Eles protestam contra a proposta de reajuste salarial pelo governo. Cerca de 100 pessoas, segundo o movimento, pretendem continuar no local e estão organizando colchões e mantimentos.

“A gente só vai sair desse prédio quando o governador em pessoa vier negociar com a gente. Não somos moleques nem ratos. Já basta trabalharmos entre os ratos nas cozinhas e salas de aula das nossas escolas. Queremos uma escola pública de qualidade”, disse o professor Yuri de Abreu.

A ocupação do prédio ocorreu após ato do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e Municípios do Ceará (Sindicato Apeoc). Uma comissão formada por diretores da entidade se reuniu hoje com o secretário de Educação, Idilvan Alencar.

Os professores que ocupam a sede da secretaria fazem parte de um grupo contrário à atual diretoria do sindicato.

Segundo o professor Rafael Rabelo Cavalcante, que participa da ocupação, o reajuste salarial apresentado pelo governo estadual chega a 2%, o que não é suficiente.

“O grupo de oposição é crítico a essa proposta. A disposição dos professores para essa luta é muito grande, porque os ataques que vieram desde o ano passado, com corte de verbas, foi muito forte. Não podemos acabar a greve com uma proposta de reajuste de 2%.”

Governo

A proposta do governo, apresenta ao sindicato no dia 30 de maio, inclui uma valorização salarial a partir da lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), com uma margem de uso de 80% do fundo para custear a remuneração do magistério.

Para o professor Cavalcante, esse item não é positivo para a categoria. “Se nosso reajuste fica vinculado ao fundo, significa que daqui a alguns anos não teremos salário ou reajuste.”

Segundo a Seduc, o reajuste será anunciado no começo deste mês. A proposta condiciona a concessão do valor ao fim da greve. A rede estadual é composta por 709 escolas, com 445 mil alunos matriculados.

Em nota, a Seduc informou que mais de 400 escolas estão em funcionamento normal.

O secretário da Educação, Idilvan Alencar, conversou esta tarde com os professores que ocupam a sede sobre pontos da proposta, mas destacou que houve um rompimento na negociação com a deflagração da greve e pediu a volta dos professores para as salas de aula.

Ele pediu que qualquer negociação ocorra em consonância com o sindicato. “Fazemos um apelo ao bom senso para que retornem as aulas e deixem as pessoas trabalhar na sede da secretaria, porque tem serviços essenciais que estão prejudicados.”

Sindicato

Sobre a ocupação, o Sindicato Apeoc informou, em seu site, que respeita a mobilização dos trabalhadores, mas que “não vai se responsabilizar por nenhum fato decorrente dessa iniciativa” e “alerta para as consequências do ponto de vista político, jurídico e administrativo que a ocupação pode gerar, num momento delicado da luta da categoria”.

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Professores da rede estadual de ensino do Ceará , em greve desde o dia 25 de abril, ocupam a sede da Secretaria da Educação (Seduc) desde a manhã de hoje (2).

Eles protestam contra a proposta de reajuste salarial pelo governo. Cerca de 100 pessoas, segundo o movimento, pretendem continuar no local e estão organizando colchões e mantimentos.

“A gente só vai sair desse prédio quando o governador em pessoa vier negociar com a gente. Não somos moleques nem ratos. Já basta trabalharmos entre os ratos nas cozinhas e salas de aula das nossas escolas. Queremos uma escola pública de qualidade”, disse o professor Yuri de Abreu.

A ocupação do prédio ocorreu após ato do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e Municípios do Ceará (Sindicato Apeoc). Uma comissão formada por diretores da entidade se reuniu hoje com o secretário de Educação, Idilvan Alencar.

Os professores que ocupam a sede da secretaria fazem parte de um grupo contrário à atual diretoria do sindicato.

Segundo o professor Rafael Rabelo Cavalcante, que participa da ocupação, o reajuste salarial apresentado pelo governo estadual chega a 2%, o que não é suficiente.

“O grupo de oposição é crítico a essa proposta. A disposição dos professores para essa luta é muito grande, porque os ataques que vieram desde o ano passado, com corte de verbas, foi muito forte. Não podemos acabar a greve com uma proposta de reajuste de 2%.”

Governo

A proposta do governo, apresenta ao sindicato no dia 30 de maio, inclui uma valorização salarial a partir da lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), com uma margem de uso de 80% do fundo para custear a remuneração do magistério.

Para o professor Cavalcante, esse item não é positivo para a categoria. “Se nosso reajuste fica vinculado ao fundo, significa que daqui a alguns anos não teremos salário ou reajuste.”

Segundo a Seduc, o reajuste será anunciado no começo deste mês. A proposta condiciona a concessão do valor ao fim da greve. A rede estadual é composta por 709 escolas, com 445 mil alunos matriculados.

Em nota, a Seduc informou que mais de 400 escolas estão em funcionamento normal.

O secretário da Educação, Idilvan Alencar, conversou esta tarde com os professores que ocupam a sede sobre pontos da proposta, mas destacou que houve um rompimento na negociação com a deflagração da greve e pediu a volta dos professores para as salas de aula.

Ele pediu que qualquer negociação ocorra em consonância com o sindicato. “Fazemos um apelo ao bom senso para que retornem as aulas e deixem as pessoas trabalhar na sede da secretaria, porque tem serviços essenciais que estão prejudicados.”

Sindicato

Sobre a ocupação, o Sindicato Apeoc informou, em seu site, que respeita a mobilização dos trabalhadores, mas que “não vai se responsabilizar por nenhum fato decorrente dessa iniciativa” e “alerta para as consequências do ponto de vista político, jurídico e administrativo que a ocupação pode gerar, num momento delicado da luta da categoria”.

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