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Professores mantêm greve e fazem protesto no Rio

Protesto promovido por cerca de mil professores das redes estadual e municipal de ensino do Rio parou o bairro de Laranjeiras

Professores das redes municipal e estadual de ensino fazem assembleia, no Clube Hebraica, em Laranjeiras, zona sul do Rio, para definir os rumos da greve (Tomaz Silva/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 23h38.

Rio - Um protesto promovido por cerca de mil professores das redes estadual e municipal de ensino do Rio parou à tarde e à noite o bairro de Laranjeiras, na zona sul do Rio, onde fica o Palácio Guanabara, sede do governo estadual. O congestionamento se estendeu a Botafogo e outros bairros da zona sul.

Durante uma assembleia que começou ao meio-dia e durou três horas, realizada no Clube Hebraica, em Laranjeiras, os professores decidiram manter a greve iniciada no último dia 12. Em seguida o grupo iniciou passeata pelas ruas das Laranjeiras e Pinheiro Machado. Nessa via, uma das principais ligações entre as zonas norte e sul, onde fica o Palácio Guanabara, retiveram o trânsito por mais de duas horas.

No início da passeata os professores pretendiam chegar à frente do Palácio Guanabara, mas uma barreira com mais de 60 policiais militares, com escudos, impediu a aproximação. Os manifestantes então se concentraram na rua Moura Brasil, e dezenas de carros que seguiam pela Pinheiro Machado e por uma das pistas do túnel Santa Bárbara tiveram que voltar de marcha-a-ré. Só por volta das 18h45 a passagem foi liberada e os professores puderam passar pela frente do Palácio Guanabara, sem que houvesse tumulto. Antes, uma repórter da TV Globo foi hostilizada pelos professores. Xingada, acabou expulsa da manifestação.

Do Palácio Guanabara os professores seguiram para o Palácio da Cidade, sede do governo municipal, no vizinho bairro de Botafogo. Várias ruas foram interditadas, causando grandes congestionamentos justamente no horário de pico da noite. Os professores não foram recebidos por nenhuma autoridade, mas fizeram um ato em frente ao Palácio da Cidade, e em seguida o grupo se dispersou. Hoje está marcada uma vigília de professores em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia, a partir das 10 horas.

A assembleia e o ato foram apoiados por estudantes e pais de alunos. O técnico em informática Mauro Nunes, que tem dois filhos em escolas estadual e municipal, diz que participa de todos os protestos. "A educação está um caos. As escolas servem na merenda macarrão com xuxu sem tempero. Um professor não pode trabalhar direito com mais de 40 alunos na sala", afirmou.

A categoria reivindica 20% de reajuste salarial e melhorias das condições de trabalho, como a possibilidade de dedicar um terço da carga horária ao planejamento das aulas, equiparação salarial entre professores de diferentes séries e a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais.

No ano passado, após uma greve de mais de dois meses, os professores obtiveram aumento de 8% na rede estadual e de 15% na municipal. "Essa não é uma continuação da greve de 2013. Estamos em nova campanha salarial. O governo diz que não tem a mesma força, mas na rede estadual 30% já pararam e no município, 55%. Estamos crescendo", disse Márcia Moraes, coordenadora do Sepe-RJ.

Segundo a Secretaria Estadual da Educação, apenas 246 dos 75 mil profissionais estão sem trabalhar. A pasta afirma que as negociações estão em andamento e classificou a greve como "inoportuna".

A Secretaria Municipal de Educação informou que todas as escolas funcionaram normalmente e que 67 professores faltaram. A rede tem 42 mil profissionais. Segundo a pasta, uma nova reunião com representantes da categoria está marcada para o dia 28.

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Durante uma assembleia que começou ao meio-dia e durou três horas, realizada no Clube Hebraica, em Laranjeiras, os professores decidiram manter a greve iniciada no último dia 12. Em seguida o grupo iniciou passeata pelas ruas das Laranjeiras e Pinheiro Machado. Nessa via, uma das principais ligações entre as zonas norte e sul, onde fica o Palácio Guanabara, retiveram o trânsito por mais de duas horas.

No início da passeata os professores pretendiam chegar à frente do Palácio Guanabara, mas uma barreira com mais de 60 policiais militares, com escudos, impediu a aproximação. Os manifestantes então se concentraram na rua Moura Brasil, e dezenas de carros que seguiam pela Pinheiro Machado e por uma das pistas do túnel Santa Bárbara tiveram que voltar de marcha-a-ré. Só por volta das 18h45 a passagem foi liberada e os professores puderam passar pela frente do Palácio Guanabara, sem que houvesse tumulto. Antes, uma repórter da TV Globo foi hostilizada pelos professores. Xingada, acabou expulsa da manifestação.

Do Palácio Guanabara os professores seguiram para o Palácio da Cidade, sede do governo municipal, no vizinho bairro de Botafogo. Várias ruas foram interditadas, causando grandes congestionamentos justamente no horário de pico da noite. Os professores não foram recebidos por nenhuma autoridade, mas fizeram um ato em frente ao Palácio da Cidade, e em seguida o grupo se dispersou. Hoje está marcada uma vigília de professores em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia, a partir das 10 horas.

A assembleia e o ato foram apoiados por estudantes e pais de alunos. O técnico em informática Mauro Nunes, que tem dois filhos em escolas estadual e municipal, diz que participa de todos os protestos. "A educação está um caos. As escolas servem na merenda macarrão com xuxu sem tempero. Um professor não pode trabalhar direito com mais de 40 alunos na sala", afirmou.

A categoria reivindica 20% de reajuste salarial e melhorias das condições de trabalho, como a possibilidade de dedicar um terço da carga horária ao planejamento das aulas, equiparação salarial entre professores de diferentes séries e a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais.

No ano passado, após uma greve de mais de dois meses, os professores obtiveram aumento de 8% na rede estadual e de 15% na municipal. "Essa não é uma continuação da greve de 2013. Estamos em nova campanha salarial. O governo diz que não tem a mesma força, mas na rede estadual 30% já pararam e no município, 55%. Estamos crescendo", disse Márcia Moraes, coordenadora do Sepe-RJ.

Segundo a Secretaria Estadual da Educação, apenas 246 dos 75 mil profissionais estão sem trabalhar. A pasta afirma que as negociações estão em andamento e classificou a greve como "inoportuna".

A Secretaria Municipal de Educação informou que todas as escolas funcionaram normalmente e que 67 professores faltaram. A rede tem 42 mil profissionais. Segundo a pasta, uma nova reunião com representantes da categoria está marcada para o dia 28.

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