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Professores do Rio decidem continuar greve que dura 110 dias

Governador em exercício, Francisco Dornelles, afirmou que, devido à crise financeira do Estado, profissionais de educação não terão reajuste salarial neste ano


	Francisco Dornelles: governador em exercício afirmou que, devido à crise financeira do Estado, profissionais de educação não terão reajuste salarial neste ano
 (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Francisco Dornelles: governador em exercício afirmou que, devido à crise financeira do Estado, profissionais de educação não terão reajuste salarial neste ano (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2016 às 20h21.

Os professores da rede estadual de ensino do Rio decidiram hoje (22), em assembleia, continuar a greve que já dura 110 dias. A categoria reuniu 1.500 pessoas, que decidiram, por ampla maioria, continuar a paralisação iniciada no dia 2 de março: apenas 14 profissionais de educação votaram contra a continuidade do movimento.

A assembleia ocorreu na quadra da Escola de Samba São Clemente, na Cidade Nova. De lá, os profissionais rumaram para a Praça Mauá, zona portuária do Rio, onde iniciaram uma passeata pela Avenida Rio Branco, em direção à Cinelândia, onde terminou o ato.

Na saída dos manifestantes, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi obrigado a interromper o trajeto pela Rio Branco, devido à manifestação dos professores, por cerca de 20 minutos, e encerrar o percurso, entre a zona portuária do Rio e o Aeroporto Santos Dumont, que está em fase de testes, sem cobrar passagem dos usuários. Nesse período, o VLT está funcionando entre 10 da manhã e 4 da tarde.

Os profissionais de educação reivindicam reajuste de 30% para repor as perdas da categoria nos últimos anos. O governador em exercício, Francisco Dornelles, já afirmou que, devido à crise financeira do Estado, os profissionais de educação não terão reajuste salarial neste ano.

A Justiça decidiu revogar no último dia 14, a liminar que impedia o corte do ponto dos professores grevistas no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada um dia após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerar a greve da categoria abusiva.

A suspensão da liminar foi determinada pelo desembargador Milton Fernandes de Souza. O magistrado argumentou que o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) não cumpriu a ordem de manter 70% do total dos servidores em cada escola e, por isso, o governo pode cortar o ponto dos professores em greve.

Na segunda-feira (13), o presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho declarou a greve abusiva e decidiu dobrar a multa ao Sindicato caso não seja garantido o mínimo de 70% dos professores nas escolas.

O magistrado dobrou a multa diária aplicada ao Sepe de R$ 50 mil para R$ 100 mil por descumprimento da medida.

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