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Professora da PUC assumirá secretaria de Direitos Humanos

À frente da secretaria, promete dialogar com movimentos sociais para delimitar as prioridades da gestão do órgão

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	Flávia Piovesan: à frente da secretaria, promete dialogar com movimentos sociais para delimitar as prioridades da gestão do órgão
 (Reprodução / YouTube)

Flávia Piovesan: à frente da secretaria, promete dialogar com movimentos sociais para delimitar as prioridades da gestão do órgão (Reprodução / YouTube)

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Beatriz Bulla

Publicado em 17 de maio de 2016, 17h27.

Brasília - A procuradora e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Flávia Piovesan disse ter aceito o convite do presidente em exercício, Michel Temer, para assumir a Secretaria de Direitos Humanos.

"O meu partido é a luta pela causa. Não tenho qualquer filiação partidária. Meu desafio é trazer contribuição para garantir avanços e evitar retrocessos", afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo" nesta tarde de terça-feira,17.

Ela já comunicou a equipe de Temer sobre sua decisão e deve viajar a Brasília na próxima semana.

A intenção da nova responsável pela área é priorizar avanços em discussões sobre combate à violência contra a mulher, reforço a políticas afirmativas para negros - Flávia é uma defensora das políticas de cotas, por exemplo -, cuidados com a proteção às terras indígenas e debate sobre diversidade sexual.

Em sala de aula, a professora da PUC costuma defender que a sociedade enfrente "conservadorismos" para avançar nas garantias a direitos fundamentais.

À frente da secretaria, promete dialogar com movimentos sociais para delimitar as prioridades da gestão do órgão.

"O momento é nervoso, é difícil, mas vamos fazer o diagnóstico de quais são as prioridades. Vamos diagnosticar onde estamos e lançar estratégias buscando avançar na luta emancipatória", afirmou Flávia Piovesan.

Considerada no meio jurídico como uma das principais expoentes da defesa dos direitos fundamentais, Flávia minimizou o fato de Temer ter feito uma composição majoritariamente masculina para a composição do governo interino.

"É fundamental avançar a democratização dos espaços de poder e fico muito feliz por ele ter nomeado ineditamente uma primeira mulher para chefiar o BNDES. E aguardo que outras sejam nomeadas", afirmou, questionada sobre o assunto.

Flávia Piovesan já foi cotada, durante governos do PT, como possível candidata a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e tem a simpatia do ex-ministro de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, por exemplo, além de outros nomes ministeriais ligados à gestão da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É professora das disciplinas de Direitos Humanos e Direito constitucional na PUC-SP. Já foi observadora das Nações Unidas e de comitês internacionais. Formada pela PUC-SP - onde Temer se doutorou e exerceu a função de professor -, Flávia Piovesan doutorou-se em Harvard e tem uma lista de passagens acadêmicas internacionais.

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