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Professor perde tempo demais com bagunça no Brasil

Um em cada 5 minutos de aulas no país é perdido tentando por ordem na indisciplina dos alunos, mostra pesquisa da OCDE


	Professora e aluno em Altamira (PA): 32% do tempo não é gasto com aprendizagem
 (Jaime Souzza / Instituto Ayrton Senna)

Professora e aluno em Altamira (PA): 32% do tempo não é gasto com aprendizagem (Jaime Souzza / Instituto Ayrton Senna)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 11h05.

São Paulo – Comparando o Brasil com as nações ricas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os professores brasileiros trabalham mais: 25 horas semanais, contra 19 na média de outros 33 países. Mas quando se analisa como este tempo é gasto, a coisa muda de figura.

Os docentes aqui perdem 19,8% do tempo em aula para manter a ordem, ou seja, lutando contra a indisciplina e pedindo calma.

Como outros 12,2% são gastos em trabalhos administrativos – tais como o preenchimento de chamadas – chega-se ao tempo de aula que é traduzido em ensino: 67% (por questões estatísticas, a conta não dá 100%, informa a OCDE).

A média de tempo efetivo em sala nos países da organização é 79%.

Na Finlândia - um exemplo batido, mas sempre lembrado, de excelência educacional - o tempo chega a 81%. Na Dinamarca, 84%.

Na Coreia do Sul, outro país de altos resultados em exames internacionais, fica em 76,9%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis, na sigla em inglês), divulgada hoje pela OCDE.

Muitos especialistas em educação batem na tecla há anos de que o Brasil ganharia se o tempo em sala fosse gasto de forma mais produtiva. 

A Talis ouviu 106 mil professores dos anos finais do ensino fundamental em todo o mundo. No Brasil, foram 14,2 mil, de 1.070 escolas.

Uma ferramenta de comparação dos resultados entre os países pode ser conferida abaixo, em inglês.

http://www.compareyourcountry.org/teacher-survey?cr=bra&lg=en&page=3

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