Brasília - Procuradoria da República pediu à Justiça Federal do Paraná na quarta-feira, 11, que tome os depoimentos de duas testemunhas citadas pelo executivo Augusto Mendonça, delator da Operação Lava Jato, no processo relacionado à Mendes Júnior, uma das 16 empreiteiras sob suspeita de formação de cartel.
Segundo o Ministério Público Federal, Mendonça teria dito que Marcos Pereira Berti e o Mauricio Mendonça Godoy são "conhecedores de diversos fatos relacionados à presente ação penal".
Godoy e Berti teriam participado de reuniões do cartel de empreiteiras que alimentou esquema de propinas na Petrobras. Mauricio Godoy seria um executivo de uma das empreiteiras do cartel.
De acordo com o site da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), ele faz parte da Diretoria de Serviços da instituição.
Em novembro de 2014, Augusto Mendonça, que fechou o sétimo acordo de delação premiada na Lava Jato, aceitou devolver R$ 10 milhões ao Tesouro a título de "multa indenizatória" por seu envolvimento no esquema de corrupção e propinas na Petrobrás.
O acordo que o empresário firmou prevê, basicamente, que revele tudo o que sabe, sem restrições, e que providencie documentos. Se condenado, será punido com "prestação de serviços" e o pagamento dos R$ 10 milhões.
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1. Lava Jato
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1/10 (Divulgação/ Polícia Federal)
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2. Odebrecht
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2/10 (Paulo Fridman/Bloomberg)
A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras. “A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa. A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
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3. UTC Engenharia
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3/10 (Divulgação)
A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
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4. OAS
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4/10 (Divulgação/PAC)
A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
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5. Engevix
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5/10 (Divulgação/ Engevix)
Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
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6. Galvão Engenharia
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6/10 (Divulgação/ Galvão Engenharia)
Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
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7. Queiroz Galvão
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7/10 (Divulgação)
A empresa se manifestou através de nota: "A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
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8. Camargo Corrêa
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8/10 (Divulgação)
Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota: “A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
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9. Mendes Junior
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9/10 (Divulgação)
"O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
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10. Iesa
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10/10 (Divulgação IESA)
EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.