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Procurador ironiza Segovia por declaração sobre mala de dinheiro

Procurador Carlos Fernando dos Santos Lima fez referência à declaração do novo diretor da Polícia Federal sobre a mala de dinheiro paga a Rocha Loures

Carlos Lima: "uma pergunta: Quantas malas de dinheiro são suficientes para o novo Diretor-Geral da Polícia Federal?" (Heuler Andrey/Reuters)

Carlos Lima: "uma pergunta: Quantas malas de dinheiro são suficientes para o novo Diretor-Geral da Polícia Federal?" (Heuler Andrey/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2017 às 13h13.

Última atualização em 21 de novembro de 2017 às 13h14.

São Paulo - O procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima ironizou, por meio de sua conta no Facebook, nesta terça-feira, 21, as declarações de Fernando Segovia, em sua primeira entrevista coletiva à imprensa como diretor-geral da Polícia Federal.

"Uma pergunta: Quantas malas de dinheiro são suficientes para o novo Diretor-Geral da Polícia Federal?", questionou Lima.

Depois de se dizer lisonjeado com a presença de Michel Temer em sua cerimônia de posse, nesta segunda-feira, 20, o novo diretor-geral da PF disse que o presidente continuará a ser investigado com a "celeridade de todos os outros inquéritos".

A afirmação de Segovia sobre a continuidade das investigações se deu diante da insistência de jornalistas. Em um primeiro momento, o novo diretor-geral havia dito que as investigações contra o peemedebista já haviam sido concluídas.

Segovia criticou a Procuradoria-Geral da República que, na gestão Rodrigo Janot, denunciou pela primeira vez o presidente por corrupção passiva no caso da mala dos R$ 500 mil que a JBS pagou para o ex-assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures.

"Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção", declarou o novo diretor da PF.

Para Segovia, "a Procuradoria-Geral da República é a melhor indicada para explicar possíveis erros no acordo de colaboração premiada firmado com executivos do grupo J&F, entre eles, o empresário Joesley Batista".

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