Brasil

Procurador-geral de SP defende promotores que acusam Lula

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, saiu em defesa dos promotores que pediram a prisão preventiva do ex-presidente. Entenda.


	O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
 (Adriano Machado/Reuters)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Adriano Machado/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2016 às 16h08.

São Paulo - O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, saiu em defesa dos promotores que pediram a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suspeita de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no caso tríplex. Neste sábado, 12, por meio de nota, Elias Rosa defendeu independência do Ministério Público e pregou unidade institucional.

"É histórica a atuação do Ministério Público brasileiro, em particular o do Estado de São Paulo, em defesa do Estado Democrático de Direito, sendo inegável a contribuição de todos os seus Membros ao aperfeiçoamento do sistema de justiça, da aplicação adequada da lei e do mais elevados preceitos éticos", afirmou o procurador-geral de Justiça.

Os promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique sustentam que o apartamento 14-A, no Condomínio Solaris, no Guarujá pertence ao petista. Na denúncia, os promotores pediram a prisão preventiva de Lula sob o argumento de que ele "atacou o sistema de Justiça" e procura se esquivar das investigações.

A denúncia contra Lula foi apresentada na quarta-feira, 9. Os promotores de Justiça também acusam 15 investigados por irregularidades em empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). A ex-primeira-dama Marisa Letícia, o filho mais velho do casal, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto estão entre os denunciados.

Para o procurador-geral de Justiça de São Paulo, "é louvável que a opinião pública e a comunidade jurídica dediquem atenção e procedam à verificação da atuação do Ministério Público, não sendo razoável, entretanto, a realização de crítica à Instituição e a todos os seus Membros, alimentando iniciativas orientadas à revisão da legislação em vigor ou de entendimentos técnicos concebidos sob o pálio da garantia constitucional da independência funcional".

A denúncia contra Lula e o pedido de sua prisão preventiva provocaram forte reação, inclusive de especialistas que consideraram frágil o trabalho dos promotores. Em todo o País eclodiram manifestações em defesa do petista e a favor da medida pleiteada pelos promotores paulistas.

Na sexta-feira, 11, a juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4ª Vara Criminal da capital paulista, decretou segredo de Justiça do processo.

"É de se aguardar, portanto, a apreciação judicial e que a repercussão gravite unicamente sobre o esclarecimento cabal de todos os fatos e da eventual responsabilização daqueles que a eles deram causa", afirmou Elias Rosa.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasLuiz Inácio Lula da SilvaMetrópoles globaisMinistério PúblicoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadoressao-paulo

Mais de Brasil

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas