Caixa eletrônico: de acordo com o diretor de Fiscalização do Procon, Fábio Domingos, o objetivo da operação é garantir os direitos do consumidor (Chris Hondros/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2013 às 18h44.
Rio de Janeiro – A Operação Tio Patinhas do Procon do Rio continuou na manhã de hoje (13) com fiscalização em agências bancárias do Rio, a fim de verificar o atendimento aos correntistas e usuários.
Agências no centro da cidade, da Tijuca, de São Cristóvão e Madureira, além de Copacabana receberam a visita de equipes do Procon.
Ontem (12), primeiro dia da operação, agências nos municípios de Caxias, Nova Iguaçu e Guapimirim, na Baixada Fluminense, passaram pela inspeção.
Segundo o Procon, o problema mais encontrado pelos fiscais foi o precário atendimento a pessoas com necessidades especiais. Uma agência bancária na Avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro, por exemplo, não possui caixa eletrônico adaptado. Um banco na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, e outro na Rua São Cristóvão, não apresentam número mínimo de 15 assentos preferenciais, quantidade estipulada por lei.
De acordo com o diretor de Fiscalização do Procon, Fábio Domingos, o objetivo da operação é garantir os direitos do consumidor. “São muitas as reclamações sobre agências bancárias e nós temos que verificar quais são as irregularidades”, afirma. Domingos destaca que muitas agências não cumprem o tempo de espera nas filas, estipulado por lei de no máximo 15 minutos.
“Não estamos passando por um período anterior ou posterior a feriado prolongado. Estamos em um dia típico de semana, e o que vimos foram clientes esperando mais de 30 minutos na fila. Ontem, na Baixada Fluminense, encontramos pessoas que esperaram 1h40. O que vimos foi uma falta de qualidade no atendimento”, ressalta.
Das 21 agências fiscalizadas pelo Procon, apenas uma não foi multada. Ontem, 11 agências da baixada fluminense foram inspecionadas, das quais oito apresentaram demora na fila de espera.
Muitos bancos também não distribuíram senha para os caixas e não tinham cartaz informando sobre o tempo de espera. Inúmeras agências não ofereciam as 15 cadeiras preferenciais, não tinham cadeira de rodas e caixa eletrônico adaptado para pessoas especiais, além de não possuírem detector de metais na entrada.
A última edição da Operação Tio Patinhas ocorreu em abril deste ano. Para Fábio Domingos, as irregularidades verificadas nesta edição foram às mesmas apresentadas no começo do ano, apesar de serem em regiões e agências diferentes.
“O que eu percebo é que as situações são rotineiras. Apesar de não ser estipulado prazo para que as soluções sejam apresentadas, o que nós do Procon fazemos é retornar à agência para verificar se os reparos foram feitos. Caso continuem, a multa pode ser duplicada e assim por diante”, revela. Segundo o Procon, uma multa por demora na fila é de R$ 10 mil, mas para a ausência do número devido de cadeiras preferenciais, a multa pode chegar a R$ 7 milhões.