Procon Carioca multa três bancos por espera em filas
Agências do Banco do Brasil, Itaú e HSBC, no centro e na zona norte da cidade, terão que pagar R$ 10 mil cada um pela infração
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2013 às 14h48.
Rio de Janeiro - Por deixar clientes esperando na fila mais de 15 minutos, três bancos foram multados hoje (5) pela Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor- Procon Carioca. Agências do Banco do Brasil, Itaú e HSBC, no centro e na zona norte da cidade, terão que pagar R$ 10 mil cada um pela infração. Os fiscais também notificaram com advertência o Santander pelas filas em uma unidade.
A equipe de fiscalização ainda visitará mais duas agências ao longo do dia. Entre elas, as dos bancos Bradesco e Caixa Econômica Federal. Se autuadas, as instituições terão dez dias para recorrer. Ao chegar na agência do Banco do Brasil, na Tijuca, o Procon Carioca flagrou filas enormes e pessoas esperando atendimento por até 40 minutos.
“O caixa tem oito posições, com três vazias, e as cadeiras [de clientes] estão todas lotadas”, constatou a secretária Solange Amaral. Já na agência do HSBC, no centro, as filas eram tão grandes que clientes esperavam sentados no chão.
O movimento maior no começo do mês não é desculpa para os bancos descumprirem a lei, destacou a secretária do Procon.“A situação mais flagrante, em geral, é do dia 1º ao dia 10, quando vence a maioria das contas e pessoas fazem mais saques. O banco tem que se preparar para dar o atendimento legal, que respeite o consumidor, especialmente neste período”, explicou.
Na agência do Banco do Brasil, na Praça Saens Peña, pessoas chegaram a desistir do atendimento por causa da lotação. Foi o caso do técnico em contabilidade Ivan Hurtado, de 45 anos, que deixou o estabelecimento revoltado com o tempo de espera, que estimou em 30 minutos.
“Tem que ser multado todo dia. Eu não trabalho para o banco, o banco que trabalha para mim, eu que sou o cliente. É certo uma fila desta? O negócio que é rápido se torna muito demorado”, disse Hurtado, ao deixar a agência. “Entrei e desisti só de olhar a fila”, completou.
Quem também entrou e saiu da agência foi o programador visual Marcos Luiz Maurity, de 40 anos. Ele reclamou que, mesmo para fazer operações simples no caixa eletrônico, a fila estava demorada. “Estou com um pouco de pressa e com esta fila não dá para esperar”, criticou. “Há cerca de 30 pessoas na minha frente. Mesmo para o caixa rápido tem que esperar”.
Cliente da agência Tijuca do banco Santander, onde a equipe de fiscalização do Procon Carioca fez a advertência devido às filas, o engenheiro químico Celso de Oliveira disse que demorou menos porque usou o caixa eletrônico. “Mas quando tem que, por algum motivo, chegar ao caixa, aí é terrível. Banco privado ou público, é tudo a mesma coisa”, constatou.
Durante 2012, o Procon Carioca mapeou em toda a cidade os bancos que excedem os 15 minutos de atendimento em dias normais e 30 minutos em vésperas ou pós-feriados, com análise do horário de pico e fotos para os responsáveis das unidades se adequarem à lei.
Perguntada sobre a aplicação da penalidade pelo Procon, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), até a publicação desta reportagem, não fez comentários.
Rio de Janeiro - Por deixar clientes esperando na fila mais de 15 minutos, três bancos foram multados hoje (5) pela Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor- Procon Carioca. Agências do Banco do Brasil, Itaú e HSBC, no centro e na zona norte da cidade, terão que pagar R$ 10 mil cada um pela infração. Os fiscais também notificaram com advertência o Santander pelas filas em uma unidade.
A equipe de fiscalização ainda visitará mais duas agências ao longo do dia. Entre elas, as dos bancos Bradesco e Caixa Econômica Federal. Se autuadas, as instituições terão dez dias para recorrer. Ao chegar na agência do Banco do Brasil, na Tijuca, o Procon Carioca flagrou filas enormes e pessoas esperando atendimento por até 40 minutos.
“O caixa tem oito posições, com três vazias, e as cadeiras [de clientes] estão todas lotadas”, constatou a secretária Solange Amaral. Já na agência do HSBC, no centro, as filas eram tão grandes que clientes esperavam sentados no chão.
O movimento maior no começo do mês não é desculpa para os bancos descumprirem a lei, destacou a secretária do Procon.“A situação mais flagrante, em geral, é do dia 1º ao dia 10, quando vence a maioria das contas e pessoas fazem mais saques. O banco tem que se preparar para dar o atendimento legal, que respeite o consumidor, especialmente neste período”, explicou.
Na agência do Banco do Brasil, na Praça Saens Peña, pessoas chegaram a desistir do atendimento por causa da lotação. Foi o caso do técnico em contabilidade Ivan Hurtado, de 45 anos, que deixou o estabelecimento revoltado com o tempo de espera, que estimou em 30 minutos.
“Tem que ser multado todo dia. Eu não trabalho para o banco, o banco que trabalha para mim, eu que sou o cliente. É certo uma fila desta? O negócio que é rápido se torna muito demorado”, disse Hurtado, ao deixar a agência. “Entrei e desisti só de olhar a fila”, completou.
Quem também entrou e saiu da agência foi o programador visual Marcos Luiz Maurity, de 40 anos. Ele reclamou que, mesmo para fazer operações simples no caixa eletrônico, a fila estava demorada. “Estou com um pouco de pressa e com esta fila não dá para esperar”, criticou. “Há cerca de 30 pessoas na minha frente. Mesmo para o caixa rápido tem que esperar”.
Cliente da agência Tijuca do banco Santander, onde a equipe de fiscalização do Procon Carioca fez a advertência devido às filas, o engenheiro químico Celso de Oliveira disse que demorou menos porque usou o caixa eletrônico. “Mas quando tem que, por algum motivo, chegar ao caixa, aí é terrível. Banco privado ou público, é tudo a mesma coisa”, constatou.
Durante 2012, o Procon Carioca mapeou em toda a cidade os bancos que excedem os 15 minutos de atendimento em dias normais e 30 minutos em vésperas ou pós-feriados, com análise do horário de pico e fotos para os responsáveis das unidades se adequarem à lei.
Perguntada sobre a aplicação da penalidade pelo Procon, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), até a publicação desta reportagem, não fez comentários.