Furnas: empresa faz parte da Eletrobras. (Washington Alves/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2022 às 11h48.
Última atualização em 6 de junho de 2022 às 11h53.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu, na manhã desta segunda-feira, 6, uma liminar que impedia a realização da assembleia do Conselho de Administração de Furnas, para resolver uma questão que podia barrar a privatização da Eletrobras, que deve ocorrer até o dia 14 de junho.
A ação foi movida pela Associação dos Empregados de Furnas, que obteve no domingo, dia 5, uma liminar favorável para suspender a realização da assembleia. A Advocacia-Geral da União entrou com um recurso e conseguiu reverter a decisão.
Com isso, há a a expectativa que Conselho de Administração de Furnas se reúna para decidir se a empresa assume o custo de uma sentença judicial de quase 1,6 bilhão de reais de uma de suas associadas, a Madeira Energia (MESA). A holding, com 43% de capital de Furnas, subsidiária da Eletrobras, perdeu uma ação na Justiça de uma de suas empresas controladas, a Santo Antônio Energia, e agora precisa arcar com as custas do processo.
Na última quinta, dia 2, Furnas fez um aporte de 681 milhões de reais na Madeira Energia. Segundo a empresa, a injeção de recursos foi realizada "em decorrência do exercício integral de seu direito de preferência no âmbito do aumento de capital de Madeira Energia S.A. (“MESA”), conforme aprovado em assembleia geral extraordinária de MESA realizada em 29 de abril de 2022". Falta agora a aprovação para os outros 900 milhões de reais, o que deve ser decidido nesta segunda.
O mercado segue confiante em relação ao sinal verde dos debenturistas da companhia. A capitalização da Eletrobras está prevista para o próximo dia 13. Um pouco antes, no dia 9, deverá ser definido o preço das ações. A reserva para a compra dos papeis da gigante de energia começou na última sexta, dia 3, e vai até a próxima quarta, dia 8. A capitalização deve movimentar cerca de 30 bilhões de reais.
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