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Prisão de suspeitos e celulares grampeados: como a PF seguiu os passos dos fugitivos de Mossoró

Detentos estavam sendo monitorados pela PF desde que eles saíram do Ceará em direção ao Pará

Fugitivos do presídio de Mossoró são presos após 51 dias de procura (Secretaria Nacional de Políticas Penais/Divulgação)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 4 de abril de 2024 às 18h48.

Última atualização em 4 de abril de 2024 às 19h12.

Os dois fugitivos do presídio federal de Mossoró recapturados nesta quinta-feira tiveram os passos seguidos por meio do monitoramento de dois celulares grampeados.

Ao longo dos 51 dias de fuga, a PF prendeu oito pessoas suspeitas de ajudarem a dupla com apoio financeiro e logístico para driblar as autoridades e confiscou dezenas de celulares — um dos aparelhos acabou levando à localização dos celulares utilizados pelos criminosos.

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As autoridades acompanhavam a dupla desde que eles saíram do Rio Grande do Norte em direção ao Ceará. De lá, os fugitivos foram de barco até uma ilha no Pará.

Num determinado momento, a PF os localizou na região metropolitana de Belém. Na manhã desta quinta-feira, eles embarcaram em um comboio de três carros em direção a Marabá, no Sudoeste do Pará. O objetivo era sair do país, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

A PF monitorou os três veículos e pediu ajuda da Polícia Rodoviária Federal ( PRF ) para montar um cerco para que a recaptura ocorresse sem confronto. O local escolhido foi uma ponte que passa por cima do rio Tocantins na BR-222, na altura de Marabá (PA). Os policiais ficaram de tocaia nos dois lados da passagem.

Um carro foi abordado pela PF. E os outros dois pela PRF. Os dois fugitivos — Deibson Nascimento e Rogério Mendonça — estavam em veículos diferentes. Mendonça portava um fuzil 5.56 e chegou a apontá-lo para os policias, quando a viatura da PF colidiu com o veículo em que ele estava — um jipe branco.

Em razão da ação rápida dos agentes, os criminosos saíram do veículo e o fugitivo largou a arma, que foi apreendida. Nas imagens feitas após a prisão, ele aparece com ferimentos no nariz e na boca.

Além dos dois fugitivos, a PF prendeu outros quatro homens suspeitos de estarem atuando como "batedores" da dupla. Os investigadores desconfiam que eles tenham sido arregimentados pelo Comando Vermelho, facção criminosa a qual Nascimento e Mendonça são filiados.

A operação contou com 12 policiais e quatro viaturas da PRF. Além do fuzil, a PF apreendeu oito celulares no comboio, além de uma quantia de dinheiro vivo e cartões de crédito.

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