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Primeira-dama do DF pede para agilizar alvará em gravação

Ilza Queiroz foi flagrada pedindo para "agilizar" a liberação de um alvará para uma clínica de oftalmologia em Taguatinga


	Governador do DF, Agnelo Queiroz: primeira-dama foi flagrada em gravações pela Polícia Civil
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Governador do DF, Agnelo Queiroz: primeira-dama foi flagrada em gravações pela Polícia Civil (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2014 às 18h18.

Brasília - A primeira-dama do Distrito Federal, Ilza Queiroz, foi flagrada em gravações da Polícia Civil pedindo para "agilizar" a liberação de um alvará para uma clínica de oftalmologia em Taguatinga, cidade a 20 quilômetros do Plano Piloto.

A escuta, autorizada judicialmente e realizada no âmbito da Operação Átrio, faz parte de uma investigação de um esquema fraudulento de concessão de alvarás na capital.

Na conversa, divulgada pela Rádio CBN, a primeira-dama, mulher do petista Agnelo Queiroz, pede ao então administrador de Taguatinga, Carlos Jales, a concessão da licença de funcionamento da clínica.

De acordo com documentos obtidos pela CBN, apenas três dias após o pedido, o Instituto de Catarata de Brasília recebeu toda a documentação para funcionar.

Na conversa, em 1 de outubro do ano passado, Ilza diz ao administrador: "Meu filho, quero te pedir um favor. Vai abrir lá outra clínica de oftalmologia, e eles deram entrada aí na administração por um alvará. E eu queria ver se você podia agilizar."

Em telefonema no dia seguinte, ela agradece ao então administrador.

A assessoria jurídica do governador registrou que não há nenhuma irregularidade no pedido da primeira-dama e a Polícia Civil informou que Ilza não é alvo ou citada na investigação.

A Operação Átrio, da Polícia Civil e do Ministério Público do DF, investiga um suposto esquema irregular para a liberação de alvarás envolvendo empresários de Brasília, administradores regionais e agentes públicos.

Em troca da aprovação dos documentos, os administradores regionais recebiam dinheiro e favores dos empresários interessados. O ex-governador do DF Paulo Octavio chegou a ser preso, acusado de envolvimento com o grupo.

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