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Prima de Eduardo Campos oficializa filiação ao PT

Após deixar o PSB, a vereadora do Recife Marília Arraes, oficializou ontem sua filiação ao PT.

Apoiadores de Dilma Rousseff (PT) comemoram o resultado das eleições no Rio de Janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)

Apoiadores de Dilma Rousseff (PT) comemoram o resultado das eleições no Rio de Janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2016 às 16h19.

Brasília - Após deixar o PSB, a vereadora do Recife Marília Arraes, de 31 anos, oficializou ontem sua filiação ao PT. A parlamentar é neta de Miguel Arraes e prima do ex-governador de Pernambuco e ex-presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, morto em acidente aéreo durante a campanha presidencial de 2014.

A filiação de Marília foi oficializada ontem durante a festa de comemoração dos 36 anos do PT no Rio de Janeiro. Em sua página em uma rede social, a neta de Miguel Arraes postou uma foto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual ressalta que sua ficha de filiação foi abonada pelo petista.

"Início de uma nova etapa da minha vida na política, como sempre, crescendo na adversidade, com a ficha abonada pelo homem que mudou o Brasil", escreveu Marília, acrescentando as hashtags "#lulaeuconfio #pt36anos". A publicação foi compartilhada pelo perfil oficial de Lula na mesma rede social.

Marília se desfiliou do PSB na última sexta-feira, dia 26. Em sua carta de desfiliação publicada em suas redes sociais, ela acusa o "núcleo duro da legenda" no Estado de criar uma espécie de "atmosfera" "para o controle à mão de ferro" tanto da própria sigla quanto da política de Pernambuco "em toda a sua estrutura".

De acordo com ela, o comando do PSB pernambucano "busca ocupação completa de todas as instâncias de poder existentes, nas esferas estadual e municipal: Executivo e legislativos municipais, Judiciário e Tribunais de Contas, utilizando-se dessas últimas instituições, inclusive, como "polícia política".

"A cúpula dos que mandam no partido passou a querer comandar desde simples decisões internas partidárias, que coubessem a escolhas democráticas e colegiadas, até o desenrolar de toda a cena e atores políticos do Estado. Desta maneira, os militantes, foram alijados de qualquer participação na construção democrática", escreveu.

Rompimento

Na carta, Marília lembra a briga entre ela e Eduardo Campos em 2014 como uma das "provas" do controle do comando da legenda. Segundo ela, em 2014, Campos impôs o nome de seu filho, João Campos, para comandar a Juventude do PSB, "quando todos esperavam que houvesse uma disputa e diálogo saudáveis dentro do segmento".

Após o racha familiar, João desistiu de disputar o posto, que lhe garantiria assento na Executiva Estadual da sigla. Na semana retrasada, o filho de Eduardo Campos assumiu a chefia de gabinete do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

Marília, por sua vez, desistiu de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Além disso, ela anunciou apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e a Armando Monteiro (PTB) para o governo de Pernambuco, que era adversário de Paulo Câmara.

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