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Preso integrante de bando que assaltou Itaú da Paulista

João Paulo dos Santos, o mentor da quadrilha, foi preso na terça-feira, quando andava desarmado no bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo

Itaú Unibanco: o bando realizou o que a Justiça acredita ser o maior roubo da história do Brasil (Pedro Zambarda/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 10h39.

São Paulo - O mentor da quadrilha que assaltou o Banco Itaú da Avenida Paulista, em agosto de 2011, foi preso na terça-feira, 5, quando andava desarmado no bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo. João Paulo dos Santos, de 35 anos, é um dos 13 integrantes do bando que realizou o que a Justiça acredita ser o maior roubo da história do Brasil.

Santos vinha sendo monitorado por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). "Havia gente de campana no bairro. O lugar era uma espécie de ponto de encontro. Ele tentou correr, mas foi pego", disse o delegado Wagner Giudice, diretor do Deic.

O suspeito foi apresentado ontem, 6, aos jornalistas. Apesar de manter a cabeça abaixada, disse que era inocente e que tinha provas de que não estava no banco no momento do crime.

Em 25 de outubro deste ano, Santos foi julgado à revelia e condenado a 18 anos e 8 meses de prisão por roubo e receptação. Como estava foragido, foi expedido um mandado de prisão contra ele. O rapaz já havia sido condenado por receptação em 2003 e cumpriu pena em regime fechado.

Segundo Giudice, o assalto ao Itaú não teve participação do Primeiro Comando da Capital (PCC), como chegou a ser cogitado. "É o crime do ‘eu sozinho’. A facção não participou."

Cenas de cinema

Assim como no assalto ao Banco Central em Fortaleza, em agosto de 2005, o roubo ao Itaú teve cenas cinematográficas. Os ladrões entraram na agência dos Jardins na sexta feira, às 23h, e permaneceram lá até a manhã do domingo.


Eles se disfarçaram de prestadores de serviços para entrar no banco. Vigias e funcionários da área de monitoramento haviam sido cooptados e facilitaram a ação. Os alarmes foram desligados. Durante o assalto, os ladrões tiveram tempo de fazer refeições. No período em que ficaram na agência, eles arrombaram 142 cofres repletos de objetos de valor, como moedas nacionais e estrangeiras, obras de arte, relógios e joias.

Os integrantes da quadrilha foram acusados de roubo - e não furto, o que daria uma pena menor - porque renderam um segurança. Depois, alguns dos donos dos cofres preferiram não prestar queixa e não listaram os bens que foram roubados, o que dificultou a estimativa sobre o prejuízo total.

Até hoje, os bens levados do banco não foram recuperados. O depoimento de Santos será tomado nos próximos dias. É a primeira vez que ele será interrogado pela polícia.

Outras seis pessoas já foram condenadas e presas por causa do assalto. São elas Alessandro Fernandes, Nivaldo Francisco de Souza, Cleber da Silva Pereira, Francisco Rodrigues dos Santos, Marco Antonio da Matta e Marco Antonio Rodrigues Neto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - O mentor da quadrilha que assaltou o Banco Itaú da Avenida Paulista, em agosto de 2011, foi preso na terça-feira, 5, quando andava desarmado no bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo. João Paulo dos Santos, de 35 anos, é um dos 13 integrantes do bando que realizou o que a Justiça acredita ser o maior roubo da história do Brasil.

Santos vinha sendo monitorado por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). "Havia gente de campana no bairro. O lugar era uma espécie de ponto de encontro. Ele tentou correr, mas foi pego", disse o delegado Wagner Giudice, diretor do Deic.

O suspeito foi apresentado ontem, 6, aos jornalistas. Apesar de manter a cabeça abaixada, disse que era inocente e que tinha provas de que não estava no banco no momento do crime.

Em 25 de outubro deste ano, Santos foi julgado à revelia e condenado a 18 anos e 8 meses de prisão por roubo e receptação. Como estava foragido, foi expedido um mandado de prisão contra ele. O rapaz já havia sido condenado por receptação em 2003 e cumpriu pena em regime fechado.

Segundo Giudice, o assalto ao Itaú não teve participação do Primeiro Comando da Capital (PCC), como chegou a ser cogitado. "É o crime do ‘eu sozinho’. A facção não participou."

Cenas de cinema

Assim como no assalto ao Banco Central em Fortaleza, em agosto de 2005, o roubo ao Itaú teve cenas cinematográficas. Os ladrões entraram na agência dos Jardins na sexta feira, às 23h, e permaneceram lá até a manhã do domingo.


Eles se disfarçaram de prestadores de serviços para entrar no banco. Vigias e funcionários da área de monitoramento haviam sido cooptados e facilitaram a ação. Os alarmes foram desligados. Durante o assalto, os ladrões tiveram tempo de fazer refeições. No período em que ficaram na agência, eles arrombaram 142 cofres repletos de objetos de valor, como moedas nacionais e estrangeiras, obras de arte, relógios e joias.

Os integrantes da quadrilha foram acusados de roubo - e não furto, o que daria uma pena menor - porque renderam um segurança. Depois, alguns dos donos dos cofres preferiram não prestar queixa e não listaram os bens que foram roubados, o que dificultou a estimativa sobre o prejuízo total.

Até hoje, os bens levados do banco não foram recuperados. O depoimento de Santos será tomado nos próximos dias. É a primeira vez que ele será interrogado pela polícia.

Outras seis pessoas já foram condenadas e presas por causa do assalto. São elas Alessandro Fernandes, Nivaldo Francisco de Souza, Cleber da Silva Pereira, Francisco Rodrigues dos Santos, Marco Antonio da Matta e Marco Antonio Rodrigues Neto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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