Maduro e Morales criticam abertura de impeachment
Presidentes da Venezuela e da Bolívia declararam apoio à presidente Dilma Rousseff após deputados decidirem pela abertura do processo de impeachment
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2016 às 07h00.
Dois chefes de Estado da América do Sul, o presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, e da Bolívia , Evo Morales, declararam apoio à presidente Dilma Rousseff após decisão de abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados neste domingo (17).
Em sua conta no Twitter, Maduro questionou a legalidade do processo aprovado e acusou a oposição brasileira de atuar por “ordem yankee”, referindo-se aos Estados Unidos.
“A direita do continente desconhece a Soberania Popular. Pretendem que desapareçamos? Alerta, alerta que caminha”, escreveu o presidente venezuelano. Junto com a declaração, Maduro postou fotos de manifestações contra o impeachment feitas no Brasil.
Essa foi a mais recente das manifestações pela rede social do presidente venezuelano, dado a frequentes críticas aos governos de direita e ao que chama de “imperialismo norte-americano”.
Antes da votação, Maduro havia feito outra publicação sobre a crise política no Brasil. Ele postou uma foto de manifestantes com bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Na imagem, o grupo erguia uma bandeira com os rostos do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“O povo brasileiro mobilizado diz 'não ao golpe a Dilma', entretanto, o Parlamento atua como um lacaio do Império”. Outro post diz “A presidente Dilma chegou ao poder com 54 milhões de votos, hoje 437 gorilas a ameaçam por ordem yankee”.
Também via Twitter, o presidente boliviano, Evo Morales, foi outro a criticar a abertura do processo de impeachment de Dilma. Ele referiu-se à votação de domingo à noite como um “golpe”, reproduzindo um discurso amplamente repetido pelos críticos ao impeachment e pela própria Dilma. “Não ao golpe no Congresso. Defendamos a democracia do Brasil, sua liderança regional e a estabilidade da América Latina”.
Com 367 votos a favor, o processo de impeachment contra Dilma foi aberto na noite de ontem e segue para análise do Senado.
O pedido teve como base o argumento de que Dilma cometeu crime de responsabilidade por causa do atraso nos repasses a bancos públicos para o pagamento de benefícios sociais, que ficaram conhecidos como pedaladas fiscais.
Os autores do pedido também citaram a abertura de créditos suplementares ao Orçamento sem autorização do Congresso Nacional como motivo para o afastamento da presidente.
Dois chefes de Estado da América do Sul, o presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, e da Bolívia , Evo Morales, declararam apoio à presidente Dilma Rousseff após decisão de abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados neste domingo (17).
Em sua conta no Twitter, Maduro questionou a legalidade do processo aprovado e acusou a oposição brasileira de atuar por “ordem yankee”, referindo-se aos Estados Unidos.
“A direita do continente desconhece a Soberania Popular. Pretendem que desapareçamos? Alerta, alerta que caminha”, escreveu o presidente venezuelano. Junto com a declaração, Maduro postou fotos de manifestações contra o impeachment feitas no Brasil.
Essa foi a mais recente das manifestações pela rede social do presidente venezuelano, dado a frequentes críticas aos governos de direita e ao que chama de “imperialismo norte-americano”.
Antes da votação, Maduro havia feito outra publicação sobre a crise política no Brasil. Ele postou uma foto de manifestantes com bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Na imagem, o grupo erguia uma bandeira com os rostos do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“O povo brasileiro mobilizado diz 'não ao golpe a Dilma', entretanto, o Parlamento atua como um lacaio do Império”. Outro post diz “A presidente Dilma chegou ao poder com 54 milhões de votos, hoje 437 gorilas a ameaçam por ordem yankee”.
Também via Twitter, o presidente boliviano, Evo Morales, foi outro a criticar a abertura do processo de impeachment de Dilma. Ele referiu-se à votação de domingo à noite como um “golpe”, reproduzindo um discurso amplamente repetido pelos críticos ao impeachment e pela própria Dilma. “Não ao golpe no Congresso. Defendamos a democracia do Brasil, sua liderança regional e a estabilidade da América Latina”.
Com 367 votos a favor, o processo de impeachment contra Dilma foi aberto na noite de ontem e segue para análise do Senado.
O pedido teve como base o argumento de que Dilma cometeu crime de responsabilidade por causa do atraso nos repasses a bancos públicos para o pagamento de benefícios sociais, que ficaram conhecidos como pedaladas fiscais.
Os autores do pedido também citaram a abertura de créditos suplementares ao Orçamento sem autorização do Congresso Nacional como motivo para o afastamento da presidente.