Brasil

Presidentes da Câmara e do Senado garantem a Temer "normalidade"

Rodrigo Maia e Eunício Oliveira garantiram ao presidente que as duas Casas irão manter a normalidade nos trabalhos apesar da crise política

Michel Temer: presidente é alvo de inquérito no STF por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: presidente é alvo de inquérito no STF por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 22 de maio de 2017 às 08h58.

O presidente Michel Temer ouviu dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a promessa de que as duas Casas irão manter a normalidade nos trabalhos apesar da crise política, em uma reunião na noite de domingo realizada sem a presença de vários líderes da base aliada do governo.

"O presidente Rodrigo Maia e o presidente Eunício Oliveira estavam presentes e se comprometeram em manter a normalidade das duas Casas para que nós possamos avançar nas matérias importantes para o país que estão agendadas para serem apreciadas", disse a jornalistas o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que participou do encontro.

Temer convocou a reunião com ministros e parlamentares aliados em meio à mais grave crise de seu governo, após ter sido gravado pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, em uma conversa cuja divulgação deflagrou um turbilhão no país.

O presidente é alvo de inquérito no STF por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça, em investigação aberta com base em acordo de delação fechado por Joesley. Um pedido de suspensão do inquérito será analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira.

O estrago das denúncias envolvendo o presidente colocou o Congresso Nacional e a agenda de reformas em compasso de espera, e impuseram a governistas a tarefa de avaliar o cenário após o tranco e buscar estabilizar a base.

O líder do governo na Câmara minimizou as ausências de líderes de partidos da base aliada no encontro de domingo com o presidente, alegando que todas as legendas estavam representadas. Segundo Ribeiro, as ausências foram "uma questão de logística de voo".

"Quando não estava o líder, estava o presidente do partido ou o ministro representando", afirmou.

"A grande resposta que o Poder Legislativo pode dar é trabalhar e avançar naquelas matérias que são do interesse do país e que têm dado respostas positivas para o país".

Perguntado sobre o calendário de tramitação das reformas trabalhista e previdenciária no Congresso em meio à crise, o líder disse que as agendas serão tratadas em reuniões nesta segunda-feira dos presidentes da Câmara e do Senado com parlamentares.

Aguinaldo Ribeiro disse ainda que Temer aproveitou o encontro para reafirmar, "de forma muito contundente", a indignação com o momento que está vivendo e demonstrar seu compromisso em seguir em frente para "superar esse momento difícil".

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCongressoCrise políticaEunício OliveiraGoverno TemerMichel TemerRodrigo MaiaSenado

Mais de Brasil

Justiça Eleitoral nega pedido para suspender candidatura de Pablo Marçal

Eleições: 214 prefeitos podem ser eleitos com apenas um voto; entenda

Ministério da Justiça decide barrar entrada de imigrantes sem visto no Brasil

Alcolumbre diz que vai tentar mudar parte do acordo sobre emendas

Mais na Exame