Brasil

Presidente da Câmara volta a criticar STF

O ato foi interpretado por deputados e senadores como uma retaliação à votação da PEC 33, que propõe a análise, pelo Congresso, de decisões do Supremo


	"Seria uma absoluta irresponsabilidade se pensar em qualquer conflito, qualquer confronto, entre dois poderes que são pilares da democracia e da cidadania brasileira", avaliou Alves
 (José Cruz/Agência Brasil)

"Seria uma absoluta irresponsabilidade se pensar em qualquer conflito, qualquer confronto, entre dois poderes que são pilares da democracia e da cidadania brasileira", avaliou Alves (José Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 16h15.

Una (BA) - Pouco antes de embarcar para Brasília, para um encontro com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), voltou a criticar duramente o STF nesta segunda-feira, durante a realização do 12º Fórum de Comandatuba, um dos principais eventos empresariais do páis, realizado no litoral sul da Bahia.

Alves qualificou a liminar concedida por Mendes para barrar a votação, no Senado, do projeto que inibe a criação de partidos políticos, como "um estresse desnecessário, equivocado, absurdo, inaceitável e impensável do Poder Judiciário com o Poder Legislativo".

O ato foi interpretado por deputados e senadores como uma retaliação à votação da PEC 33, que propõe a análise, pelo Congresso, de decisões do Supremo.

"Seria uma absoluta irresponsabilidade se pensar em qualquer conflito, qualquer confronto, entre dois poderes que são pilares da democracia e da cidadania brasileira", avaliou.

"Estou saindo daqui, junto com o (presidente do Senado) Renan Calheiros (PMDB-AL), direto para um encontro com o ministro para deixar claro o que consideramos nosso dever constitucional, que queremos que seja respeitado."

Também presente ao evento, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), fez um apelo para que deputados e senadores presentes tentassem buscar o diálogo.

"Depois de 28 anos de democracia ininterrupta no páis, acho que conflito de poderes não é um bom caminho", argumentou. "A gente devia buscar, todo mundo, esconder a faca e atiçar o argumento. Esse ambiente de Congresso versus Supremo não é bom."

Acompanhe tudo sobre:LegislaçãoPolítica no BrasilSenadoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Desde o início do ano, 16 pessoas foram baleadas ao entrarem por engano em favelas do RJ

Justiça suspende revisão que permitiria construção de condomínios nos Jardins

Dino convoca para fevereiro audiência com nova cúpula do Congresso para discutir emendas

Em decisão sobre emendas, Dino cita malas de dinheiro apreendidas em aviões e jogadas por janelas