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Presidente condiciona permanência de Levy

Dilma gostaria que Levy mudasse sua forma de agir, mostrando o que está sendo feito para retomar o crescimento do país


	Governo: Dilma gostaria que Levy mudasse sua forma de agir, mostrando o que está sendo feito para retomar o crescimento do país
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Governo: Dilma gostaria que Levy mudasse sua forma de agir, mostrando o que está sendo feito para retomar o crescimento do país (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 10h28.

Brasília - A permanência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no cargo está condicionada a uma melhora na economia em 2016.

Para a presidente Dilma Rousseff, neste momento, Levy ainda tem missões para cumprir e contou a favor, por exemplo, a nova vitória obtida ontem por ele, no Congresso, ao aprovar na Comissão Mista de Orçamento a nova meta fiscal de 2015.

Mas Dilma gostaria, segundo auxiliares, que Levy mudasse sua forma de agir, mostrando o que está sendo feito para retomar o crescimento do país e apontar caminhos para tornar isso viável.

Para ajudar nessa estratégia, a presidente tem reforçado a defesa da recriação da CPMF, uma das propostas consideradas fundamentais pelo ministro para dar um fôlego às contas públicas.

A ideia é que Levy apresente um discurso mais otimista, apontando para um futuro melhor em 2016, e não se limitando apenas a falar de "ajuste, ajuste e ajuste". Dilma entende que as vitórias obtidas por Levy fortalecem ela própria e o governo.

Na avaliação da presidente, ela e Levy têm, cada qual, um papel a desempenhar.

Apesar de toda a aposta e pressão para a saída de Levy, Dilma tem resistido e, se o ministro for bem-sucedido nas missões, poderá ir ficando no cargo porque nem Dilma quer tirá-lo nem ele quer sair. Prova disso é que Levy continua se empenhando para aprovar projetos importantes para a economia no Congresso e tem tido vitórias, como a dessa terça, 17.

Acerto

As declarações de Levy e Dilma foram combinadas. No domingo, o ministro anunciou que tinha o respaldo de Dilma e que ficaria no cargo "até segunda ordem".

Isso foi acertado entre ambos. No dia seguinte, ela fez questão de reiterar a permanência de Levy. Depois do endosso de Dilma a Levy, na segunda, em Antália, na Turquia, saíram juntos e ela o convidou para irem no mesmo carro até o aeroporto, de onde voaram também juntos para o Brasil, na cabine presidencial.

A relação entre Dilma e Levy está boa e a viagem à Turquia, onde os dois participaram das reuniões do G-20, ajudou a aproximá-los e a melhorar o clima entre eles, que voaram cerca de 14 horas durante todo o trajeto de volta ao país.

Dilma tem resistido às pressões para substituir Levy e, desta vez, ela demorou mais do que nas vezes anteriores para sair em defesa do seu titular da economia.

A defesa de Levy, também, não veio com a mesma ênfase de situações anteriores, quando a presidente chegou a dizer que ele era o "fiel da economia". Desta última vez, ela se limitou a dizer que Levy "fica onde está".

Nesta mesma declaração, a presidente fez questão de demarcar espaço no governo por causa da interferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que insiste no nome do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

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