Preocupação com água é justificável, diz governo de SP
O governo de São Paulo e o PSDB paulista minimizaram o resultado da pesquisa do instituto Datafolha
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 09h13.
São Paulo - O governo de São Paulo e o PSDB paulista minimizaram o resultado da pesquisa do instituto Datafolha divulgada no domingo, 8, que apontou uma queda brusca na popularidade do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Em nota, o Palácio dos Bandeirantes considerou "compreensível e justificável" a preocupação das pessoas com o agravamento da crise hídrica.
Os números não surpreenderam o entorno do governador nem os tucanos, que esperavam índices piores diante da agenda negativa imposta pela falta dágua.
O Datafolha registrou que Alckmin perdeu 10% entre os que consideram a sua gestão ótima ou boa. A aprovação foi de 48%, em outubro, para 38% agora. Já a rejeição - ruim ou péssimo - foi de 24%.
Os números são piores do que os registrados em junho de 2013, no auge da manifestações pela redução das tarifas. Para 88% dos paulistas, o governador poderia ter feito mais para evitar a falta de água.
"Podia ter sido pior. A população não debitou na conta do governo a responsabilidade total pela crise hídrica", avalia Felipe Sigollo, secretário adjunto de Desenvolvimento Social de São Paulo e membro da direção executiva do PSDB paulista.
Reservadamente, os tucanos temem que a falta d' água contamine as candidaturas do partido nas eleições municipais do ano que vem no Estado, especialmente na capital.
Durante a campanha, Geraldo Alckmin insistiu que não seria necessário impor um rodízio no Estado e venceu a disputa no primeiro turno. Agora, o governo reconhece que pode decretar um rodízio severo de água já em março.
Pior para o PT
Apesar da queda na popularidade do governador, o PSDB comemorou o desempenho do prefeito Fernando Haddad (PT) na pesquisa Datafolha.
A expectativa na legenda era de que ele tivesse recuperado fôlego. "O prefeito não enfrenta uma crise hídrica nem está envolvido com o escândalo da Petrobras", pontua o vereador Andrea Matarazzo, um dos nomes cotados para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2016.
"Não há uma questão pontual. O problema é ele mesmo. O prefeito é a crise", conclui o tucano. Segundo o Datafolha, o petista sofreu uma queda de 14% na aprovação em relação a setembro do ano passado.
No momento em que Haddad investe em ciclovias e se aproxima de possíveis adversários para pavimentar sua candidatura, o índice de ruim e péssimo foi de 44%.
"Nem chuvas fortes ele está enfrentando", diz Matarazzo. Segundo o vereador, os números da pesquisa "não causaram um impacto significativo" para o governador Geraldo Alckmin.
A popularidade do governador dependerá muito das chuvas. No melhor cenário desenhado pelo Palácio dos Bandeirantes não será necessário decretar o rodízio até outubro, quando deve começar a nova temporada de chuvas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O governo de São Paulo e o PSDB paulista minimizaram o resultado da pesquisa do instituto Datafolha divulgada no domingo, 8, que apontou uma queda brusca na popularidade do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Em nota, o Palácio dos Bandeirantes considerou "compreensível e justificável" a preocupação das pessoas com o agravamento da crise hídrica.
Os números não surpreenderam o entorno do governador nem os tucanos, que esperavam índices piores diante da agenda negativa imposta pela falta dágua.
O Datafolha registrou que Alckmin perdeu 10% entre os que consideram a sua gestão ótima ou boa. A aprovação foi de 48%, em outubro, para 38% agora. Já a rejeição - ruim ou péssimo - foi de 24%.
Os números são piores do que os registrados em junho de 2013, no auge da manifestações pela redução das tarifas. Para 88% dos paulistas, o governador poderia ter feito mais para evitar a falta de água.
"Podia ter sido pior. A população não debitou na conta do governo a responsabilidade total pela crise hídrica", avalia Felipe Sigollo, secretário adjunto de Desenvolvimento Social de São Paulo e membro da direção executiva do PSDB paulista.
Reservadamente, os tucanos temem que a falta d' água contamine as candidaturas do partido nas eleições municipais do ano que vem no Estado, especialmente na capital.
Durante a campanha, Geraldo Alckmin insistiu que não seria necessário impor um rodízio no Estado e venceu a disputa no primeiro turno. Agora, o governo reconhece que pode decretar um rodízio severo de água já em março.
Pior para o PT
Apesar da queda na popularidade do governador, o PSDB comemorou o desempenho do prefeito Fernando Haddad (PT) na pesquisa Datafolha.
A expectativa na legenda era de que ele tivesse recuperado fôlego. "O prefeito não enfrenta uma crise hídrica nem está envolvido com o escândalo da Petrobras", pontua o vereador Andrea Matarazzo, um dos nomes cotados para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2016.
"Não há uma questão pontual. O problema é ele mesmo. O prefeito é a crise", conclui o tucano. Segundo o Datafolha, o petista sofreu uma queda de 14% na aprovação em relação a setembro do ano passado.
No momento em que Haddad investe em ciclovias e se aproxima de possíveis adversários para pavimentar sua candidatura, o índice de ruim e péssimo foi de 44%.
"Nem chuvas fortes ele está enfrentando", diz Matarazzo. Segundo o vereador, os números da pesquisa "não causaram um impacto significativo" para o governador Geraldo Alckmin.
A popularidade do governador dependerá muito das chuvas. No melhor cenário desenhado pelo Palácio dos Bandeirantes não será necessário decretar o rodízio até outubro, quando deve começar a nova temporada de chuvas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.