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Maricá interrompe obras do emissário do Comperj

Segundo o prefeito, havia um acordo de compensação ambiental com a Petrobras, mas a estatal pediu para mudar o projeto


	Visão aérea das obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras
 (Frederico Bailoni/Petrobras/Divulgação)

Visão aérea das obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras (Frederico Bailoni/Petrobras/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 19h14.

Rio de Janeiro - O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, afirmou nesta sexta-feira que a prefeitura suspendeu as obras da Petrobras para a construção do emissário de efluentes do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) em Itaipuaçu, um dos distritos da cidade.

Segundo o prefeito, havia um acordo de compensação ambiental com a petroleira para a construção do emissário, mas a Petrobras pediu para mudar o projeto.

"O acordo era para fazer obras de pavimentação, infraestrutura e urbanização, mas agora eles querem aplicar esses recursos somente em uma rua em que passa o emissário", afirmou Quaquá.

"Na primeira versão do acordo, a verba seria aplicada em locais definidos pela cidade, de acordo com as nossas prioridades", frisou o prefeito.

Segundo ele, a verba compensatória seria 20 milhões de reais até 2016, sendo que metade do montante teria que ser embolsada neste ano e o restantes diluído ao longo dos anos.

primeira parcela, segundo o prefeito, deveria ter sido paga pela Petrobras há cerca de 10 dias.

Procurada, a Petrobras afirmou que os recursos de compensações relativas à obra do emissário de efluentes estão provisionados e devem ser investidos na área de influência direta do projeto.

"Os recursos serão repassados tão logo sejam acertadas as alternativas técnicas junto à Prefeitura Municipal de Maricá", disse a Petrobras em nota.

A estatal não respondeu se as obras foram realmente interrompidas, mas disse que cumpre com todas suas obrigações legais e destacou que tem as licenças ambientais necessárias para o emissário.

O Comperj, em construção em Itaboraí, tem sido constantemente palco de greves de operários contratados pelas empresas responsáveis pela sua construção. Também já registrou conflitos entre entre sindicatos que representam os próprios trabalhadores das obra.

Questionada se o novo impasse pode prejudicar o cronograma da obra, a empresa frisou que a previsão para o início da operação do Comperj está mantida para agosto de 2016.

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