Obras na Arena da Baixada, em Curitiba: prefeito explicou que ficou estabelecido que será mantido o acompanhamento diário da obra (REUTERS/Rodolfo Buhrer)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 17h58.
Curitiba - O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, recebeu a confirmação de que a Arena da Baixada seria mantida na Copa do Mundo por volta das 14h30 desta terça-feira, por meio de um telefonema do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke.
Cerca de 15 minutos depois, conversou também por telefone com Ricardo Trade, o gerente de operações do COL (Comitê Organizador Local). Só assim se sentiu aliviado. "Demos à Fifa garantia de que não haverá interrupções na obra e nem no fluxo de caixa", disse Fruet, em entrevista coletiva esta tarde na sede da prefeitura.
Ele explicou que ficou estabelecido que será mantido o acompanhamento diário da obra, que vem sendo feito por uma comissão formada após a ameaça de Valcke de tirar o estádio do Mundial, para que o cronograma não sofra mais nenhuma alteração. "O estádio ficará pronto", prometeu o prefeito de Curitiba.
A questão financeira da obra foi resolvida depois de alguma discussão. O Atlético-PR precisa de mais R$ 65 milhões para concluir a arena e ficou estabelecido que será o clube que dará garantias para esse empréstimo. O dinheiro sairá de um empréstimo de R$ 250 milhões que o governo do Paraná solicitou ao BNDES. Enquanto não houver a liberação, o governo estadual vai fazer o repasse dos recursos - e depois receberá de volta o que tiver sido adiantado. "E o repasse não será feito de uma só vez e, sim, de acordo com o andamento da obra", explicou o prefeito.
Fruet disse que seria injusto tirar Curitiba da Copa. "Nossa cidade é a que está mais avançada em relação às obras de infraestrutura e também a primeira a concluir o processo de licitação das estruturas provisórias. Hoje mesmo foi lançado o último edital. Tivemos esse contratempo com o estádio, mas agora tudo estará solucionado", avaliou.
Sem citar nenhuma cidade, Fruet criticou indiretamente Natal, que se ofereceu para abrigar jogos do Mundial caso Curitiba fosse retirada pela Fifa. "Quando eu fiquei sabendo do problema de Porto Alegre com as estruturas temporárias, liguei para o José Fortunati (prefeito da capital gaúcha) e coloquei tudo o que nós fizemos nessa área à disposição, para que ele tivesse um parâmetro. Mas teve cidade que tentou se aproveitar do momento difícil por que passamos", lembrou o prefeito de Curitiba.