Prédio residencial desaba em Fortaleza e deixa feridos
Imagens próximas ao edifício, que fica localizado em uma região nobre da capital do Ceará, mostram o momento em que a estrutura cedeu
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de outubro de 2019 às 11h42.
Última atualização em 15 de outubro de 2019 às 19h55.
São Paulo — Um prédio residencial de sete andares desabou na manhã desta terça-feira (15) em Fortaleza . O edifício que caiu se localiza na esquina das Ruas Tibúrcio Cavalcante e Tomás Acioli, no Dionísio Torres, bairro nobre da capital cearense.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Romário, disse que duas viaturas do Corpo de Bombeiros estão no local, além de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O governo do Ceará, Camilo Santana (PT), afirmou no início desta noite que ainda não havia a confirmação de óbitos no desabamento. Ao menos nove pessoas ficaram feridas. Pela manhã, os bombeiros haviam informado uma morte na tragédia. Não foi explicado o motivo do desencontro de informações.
Os bombeiros também estão com uma lista de nove nomes de pessoas que ainda não foram localizadas, mas não se sabe se elas estavam no edifício no momento do desabamento. Ainda de acordo com os oficiais, não há risco para os prédios próximos.
"A Defesa Civil está coordenando o isolamento do entorno, mas o desabamento desse prédio não oferece risco aos edifícios vizinhos. Estamos esvaziando o entorno, mas mais por uma questão de segurança", afirmou o coronel Cleyton Bezerra, comandante da operação.
"A situação é difícil e requer cuidados, porque o restante do prédio ainda pode vir a colapsar. Ainda há bolsões que inspiram cuidados. É uma operação lenta e deve se estender durante todo o dia de hoje", explicou. O comandante também disse que não há risco de incêndios ou de explosões, apesar de não ter sido detectado vazamento de gás.
Questionado sobre o recuo, o governador do Ceará disse que "por isso, está centralizando as informações na pessoa do coronel (Luís Eduardo) Holanda". Ainda conforme Santana, "um trabalho rigoroso está sendo feito para identificar as causas" do problema. Ainda de acordo com a administração estadual, nove pessoas foram resgatadas com vida. Outras nove, também segundo o governo, estão sob os escombros. Os bombeiros afirmaram não haver risco para os prédios próximos.
O prédio caiu por volta de 10h15. Das vítimas já resgatadas, duas teriam conseguido telefonar para parentes, mesmo sob os escombros. Três feridos resgatados foram encaminhados para o Instituto Doutor José Frota (IJF): Cleide Maria da Cruz Carvalho de 60 anos; Maria Antônia Peixoto, de 72 anos; e Gilson Moreira Gomes, de 53 anos. Eles passam por exames.
Ele também disse que não há risco de incêndios ou de explosões e que não foi detectado vazamento de gás. De acordo com Bezerra, a manutenção em uma das colunas do prédio pode ter levado ao desabamento.
Em nota nas redes sociais, o governador Camilo Santana afirmou ter determinado "o uso de toda a força operacional dos Bombeiros, Samu, Polícia Militar, Defesa Civil e todos os órgãos estaduais que possam auxiliar no socorro às vítimas".
"Estava chegando a Brasília para cumprir agendas quando recebi essa lamentável notícia. Cancelei toda a agenda e estou retornando imediatamente para Fortaleza para acompanhar a operação de resgate. Além das ações efetivas das nossas forças de segurança, façamos uma corrente de oração para que as vidas sejam salvas", diz o texto.
Já o prefeito de Fortaleza (CE), Roberto Cláudio, manifestou apoio aos familiares e vítimas do desabamento do Edifício Andrea e prometeu que a sociedade terá uma "resposta clara a respeito das responsabilidades de pessoas envolvidas no acidente". Segundo ele, órgãos de fiscalização urbana não tinham nenhuma informação sobre obras em andamento no edifício.
O publicitário Higor Veras trabalha próximo ao prédio que desabou e conta que os imóveis da região precisaram ser evacuados devido a um vazamento de gás no local da tragédia.
"Foi horrível. A gente pensou que fosse o nosso prédio, porque tremeu muito. Durou uns dez segundos. A gente começou a ver a poeira, a gritaria e a gente percebeu que era outro prédio. Foi aquela correria, mas não tinha muito o que fazer", conta.
Nas redes sociais, vídeos mostram o momento da tragédia: