Caso Pasadena: operação levou, em março, a presidente Dilma Rousseff para o centro do escândalo (Agência Petrobras / Divulgação)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 16h43.
Brasília - O relator da CPI mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), concluiu, em seu relatório final, que, mesmo que tenha ocorrido pagamento de propina na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), tal compra ocorreu dentro dos parâmetros do mercado.
O pagamento de propina na operação foi relatado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa no curso da sua delação premiada.
"Mesmo que tenha havido pagamento de propina a diretores da Petrobras, conclui-se que a aquisição de Pasadena ocorreu dentro das condições de mercado da época e que a empresa conta, hoje, com um bom e lucrativo ativo, compatível com o seu custo", afirma o petista, em seu parecer final.
O petista diz que o "suposto prejuízo" apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com a operação, de US$ 792 milhões, "precisa ser reavaliado", uma vez que deixou de levar em consideração fatos importantes.
Segundo o relator, entre outros fatos, o projeto mudou ao longo do tempo, com um revamp (modernização) da refinaria.
A operação levou, em março, a presidente Dilma Rousseff para o centro do escândalo.
Dilma disse ao Estadão que se baseou em um resumo executivo "juridicamente falho" produzido pelo então diretor da Área Internacional da estatal, Nestor Cerveró, para aprovar a aquisição de 50% da refinaria.
O TCU isentou Dilma, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e todos os outros membros de responsabilidade pelos prejuízos, culpando integrantes da Diretoria Executiva da empresa.