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Prates defende exploração de petróleo na Foz do Amazonas e diz que não entrará na floresta

Prates anunciou também que a Petrobras deve destinar um valor entre 6% e 15% dos seus investimentos totais em projetos de baixo carbono

A proposta é impulsionar o desenvolvimento de fontes renováveis no Brasil (VIVIAN FERNANDEZ/Agência Petrobras/Divulgação)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 28 de setembro de 2023 às 12h53.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, voltou a defender a exploração de petróleo na Bacia do Foz do Amazonas sob o argumento de que a atuação da empresa seria importante para movimentar a economia local, gerando até mesmo recursos para a preservação ambiental da Amazônia.

Energética Brasileira realizado pela FGV Energia em parceria com a AmCham Rio, realizado na cidade do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira.

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"Quando a gente fala de Margem Equatorial, que aparentemente é uma coisa dissonante, não é. Uma produção offshore a 180 quilômetros da costa da Amazônia ajuda a Amazônia com royalties, com participações governamentais, com o movimento da economia, com empregos. Nós não estamos dentro da floresta, nós estamos lá fora", afirmou Prates, acrescentando, "A mitigação é altamente possível. É usar o recurso natural não renovável (petróleo) a favor de ter condições de criar a economia da floresta, de gerar recursos de verdade para fazer a preservação".

Segundo ele, a Foz do Amazonas não é "o novo Eldorado". "É apenas uma nova fronteira de exploração, de produção, e será desenvolvida com toda responsabilidade", afirmou Prates.

Eólicas offshore

Prates anunciou também que a Petrobras deve destinar um valor entre 6% e 15% dos seus investimentos totais em projetos de baixo carbono, no prazo de quatro anos, começando em 2024.

A proposta é impulsionar o desenvolvimento de fontes renováveis no Brasil, abrangendo principalmente projetos de energia eólica offshore em dez áreas marítimas da empresa, que juntas somam um potencial de 23 GW.

Petrobras: Veja alguns dos ativos que tiver

Sete delas ficam no Nordeste, uma no Sul e as outras duas no Sudeste — nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Uma das unidades foi protocolada com o intuito de estudar o desenvolvimento de estruturas flutuantes.

"A gente não está muito longe de ter uma realidade de eólicas offshore. [...] Logo logo teremos um preço que certamente ao meu ver será próximo, andará junto, com o gás natural. Eólica offshore é playmobil para a Petrobras porque [...] catar vento no mar é muito mais simples que buscar petróleo no pré-sal", explicou.

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