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PP tira Amin da CCJ para ampliar margem de votos

Desde o dia 26 de junho, a base governista promoveu 20 remanejamentos na CCJ

Amin: dava sinais de que votaria a favor do parecer pela admissibilidade da denúncia (Gustavo Lima/Agência Câmara)

Amin: dava sinais de que votaria a favor do parecer pela admissibilidade da denúncia (Gustavo Lima/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de julho de 2017 às 10h46.

Última atualização em 12 de julho de 2017 às 10h50.

Brasília - Com a estratégia de ampliar a margem de votos contra a denúncia do presidente Michel Temer, o PP retirou da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira, 12, um de seus representantes mais expressivos do colegiado: o deputado Esperidião Amin (SC). Em seu lugar entrou Toninho Pinheiro (PP-MG). A bancada fechou questão ontem no final da noite e vai votar com o governo.

Amin era um dos membros mais respeitados da CCJ e trazia para a comissão sua experiência de Executivo, já que foi governador de Santa Catarina e prefeito de Florianópolis. Ele estava relatando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe eleições diretas em caso de vacância da presidência da República, proposição em tramitação na CCJ.

Amin dava sinais de que votaria a favor do parecer pela admissibilidade da denúncia, apresentado na segunda-feira, 10, pelo relator Sérgio Zveiter (PMDB-RJ). O partido sequer colocou Amin na suplência.

Desde o dia 26 de junho, a base governista promoveu 20 remanejamentos na CCJ, o que envolveu 15 vagas. O PR mudou quatro das cinco cadeiras que tem direito na comissão e o PRB, duas. PMDB, PSD e PTB trocaram uma vaga de titular cada. O Solidariedade foi um dos primeiros a fazer trocas na composição do colegiado para garantir votos a favor de Temer. Hoje, a CCJ tem 11 novos titulares.

Ao fechar questão contra a denúncia, o PP obriga seus parlamentares a votar de acordo com a orientação partidária. Deputado que desobedecer a orientação corre o risco de ser punido com expulsão da legenda.

Desde a semana passada o partido vem discutindo internamente o fechamento de questão. "Conversei com todos os deputados e sua quase totalidade concordou, por isso houve o fechamento de questão para votação tanto na CCJ quanto no plenário", disse o líder Arthur Lira (AL).

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