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Porta-voz sugere encontro entre Dilma e Obama na Rússia

Presidente "poderia" aproveitar G20 para discutir denúncias de espionagem feitas pelos serviços de inteligência americanos com Obama, disse porta-voz do governo

Dilma Rousseff e Barack Obama: "não está prevista uma reunião com Obama, mas pode ocorrer", disse funcionário do governo (Getty Images)

Dilma Rousseff e Barack Obama: "não está prevista uma reunião com Obama, mas pode ocorrer", disse funcionário do governo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 12h18.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff "poderia" aproveitar a Cúpula do G20 para discutir com Barack Obama, as denúncias de espionagem feitas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos, disse nesta terça-feira um porta-voz do Palácio do Planalto à Agência Efe.

"Não está prevista uma reunião com Obama. Não foi pedida, mas pode ocorrer, como sempre acontece nas cúpulas", disse o funcionário do governo.

A Cúpula do G20 acontecerá na cidade de russa de São Petersburgo nesta quinta e sexta-feira. Dilma viajou ontem à noite para o encontro, enquanto o presidente americano é esperado na quinta-feira.

"Não será uma coincidência cômoda neste momento, mas também não se pode, nem se deve evitar", disse a fonte consultada pela Efe, sobre conversa para discutir a divulgação de documentos revelados pelo ex-técnico da CIA, Edward Snowden.

Os dados divulgados no último domingo pela "Rede Globo", apontam que houve espionagem contra o então candidato à presidência mexicana Enrique Peña Nieto e Dilma Rousseff. De acordo com os documentos, sistemas de informática permitiram que a Agência Nacional de Segurança (NSA) tivesse acesso aos conteúdos de conversas telefônicas e e-mails de Dilma com seus principais assessores.


O governo brasileiro pediu explicações "rápidas" e "por escrito" aos Estados Unidos sobre a denúncia. Ontem, ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, explicou em entrevista coletiva que colocou essa exigência ao embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon.

"Transmiti a indignação do governo brasileiro com estes fatos" e "manifestei que a violação das comunicações da presidente é inadmissível, inaceitável, e constitui uma violação da soberania brasileira", declarou o chanceler.

Apesar de ter sido questionado mais de uma vez, Figueiredo não quis responder perguntas sobre a visita de Estado a Washington que Dilma deve realizar no próximo dia 23 de outubro.

"Não estou aqui para falar dessa visita", respondeu quando perguntado diretamente se a visita poderia ser cancelada.

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