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Por que você deveria se preocupar mais com o saneamento básico

Documentário apresentado em primeira mão por EXAME.com revela efeitos da falta de acesso à água e esgoto, realidade de mais de 100 milhões de brasileiros

Saneamento (Valter Campanato/Agência Brasil)

Saneamento (Valter Campanato/Agência Brasil)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 07h30.

Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 07h30.

São Paulo – Você já se perguntou qual impacto da falta de saneamento básico na sua vida?  Em documentário apresentado em primeira mão por EXAME.com, o Instituto Trata Brasil mostra os efeitos da falta de água tratada e do tratamento de esgotos a todos os brasileiros.

A ideia da produção “A Realidade do Saneamento Básico no Brasil”, que conta com depoimentos de especialistas e moradores de regiões críticas do país, é mostrar os problemas reais enfrentados diariamente pela falta desse direito básico. Segundo o Trata Brasil, mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgotos e mais de 35 milhões não têm acesso à água potável.

Dados do Instituto mostram ainda que a situação do saneamento afeta diretamente as taxas de mortalidade infantil, internações por diarreia e infecções, assim como a saúde e expectativa de vida das pessoas.

“A ausência dos serviços de água e esgotos gera o contágio com várias doenças, além de trazer perdas no sistema econômico, no turismo e na educação do país” diz o presidente-executivo do Instituto Trata Brasil (ITB), Édison Carlos. “Quando não há saneamento básico em uma cidade, todos são prejudicados”.

Um dos efeitos negativos da falta da coleta de lixo e esgoto nos municípios é a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Segundo o Ministério da Saúde, em 2016 o Brasil registrou cerca de 211,7 mil casos de zika e 1,4 milhão de pessoas com dengue.

“A responsabilidade de trazer soluções para o controle de doenças é do prefeito da cidade”, afirma Édison Carlos. “Eles devem se informar com a empresa operadora de água e esgoto sobre a situação de sua cidade e procurar saber a situação do Plano Municipal de Saneamento Básico, que cabe ao próprio município elaborar para ter acesso aos recursos públicos e poder executá-los".

Com a virada na gestão municipal em 2017, fica o desafio aos prefeitos eleitos de investir recursos para a garantia do saneamento adequado. É esperar para ver.

Veja a íntegra do documentário do Instituto Trata Brasil.

 

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