Ciclone extratropical: fenômeno que atinge o sul do país afeta a região sudeste (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 13 de julho de 2023 às 11h18.
Última atualização em 13 de julho de 2023 às 14h23.
Um ciclone extratropical que ainda está próximo ao litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina causa fortes ventos na região leste do estado de São Paulo e pontos altos da serra do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 13. A ventania pode chegar a rajadas de até 90 km/h ao longo do dia.
O Corpo de Bombeiros foi acionado seis vezes entre a madrugada e o início da manhã. Houve registro de queda de árvores nas zonas sul, leste, norte e na região central da capital.
Por volta de 4 horas da manhã, os bombeiros atenderam uma ocorrência após uma árvore cair sobre uma guarita no Morumbi, na zona sul. No momento da queda, o segurança não estava no local e, segundo a corporação, ninguém ficou ferido.
Um pouco mais tarde, eles foram chamados após outra árvore cair sobre uma residência em São Lucas. O incidente também não deixou feridos. Houve queda de árvores ainda em Moema e no Campo Belo, também na zona sul.
No litoral, o serviço de balsas entre Bertioga e Guarujá ficou paralisado pela manhã. Há pelo menos 16 registros de quedas de árvores na Baixada Santista, conforme a Defesa Civil.
Um vendaval derrubou árvores na subida e na descida da serra de Petrópolis (BR-040). A pista com sentido ao município da Região Serrana foi totalmente interditada. Dois trechos foram afetados, no quilômetro 91 e no 87, onde três árvores de grande porte fecham a pista. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Concer, concessionária responsável pela estrada, atuam no local.
O fenômeno acontece em decorrência de uma área de baixa pressão continental entre o norte da Argentina e o Paraguai.
De acordo com o Inmet, os ventos devem diminuir de intensidade a partir da quinta-feira, 13, quando o ciclone extratropical deve se deslocar para o Oceano Atlântico e perder força.
Segundo o Clima Tempo, um ciclone extratropical é uma uma área de baixa pressão atmosférica onde os ventos giram ao redor de um centro, sempre no sentido horário, no caso do Hemisfério Sul, formando um círculo completo.
Quanto mais baixa a pressão do ar no centro do ciclone, mais fortes são os ventos e maior o potencial para o desenvolvimento de nuvens muito extensas, que provocam chuva volumosa e forte, ventania, raios e eventualmente granizo.
Com informações do Estadão Conteúdo.