PSL: pessoas próximas ao ministro foram presos em operação sobre o suposto esquema de candidatas laranjas (Isac Nóbrega/PR/Flickr)
Reuters
Publicado em 2 de julho de 2019 às 13h36.
Última atualização em 2 de julho de 2019 às 13h38.
Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que "não tem nada" contra o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, que justificaria uma eventual decisão de demiti-lo do cargo.
"Por enquanto, temos 22 ministros sem problema. Tem que ter acusação grave, acusação com substância. Por enquanto, não tem nada contra ele ainda. Se o assessor falar e for confirmado que ele tem participação, daí a gente toma uma providência", disse.
Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou uma operação para esclarecer irregularidades em campanhas femininas no PSL de Minas Gerais, diretório partidário que foi presidido por Antonio durante as eleições do ano passado. Pessoas próximas ao ministro — inclusive um assessor especial — foram presos nessa operação da PF.
Bolsonaro comentou ainda que considera ser "bem-vindo" um projeto que deverá ser votado nesta tarde no Senado que prevê que presos terão de custear suas próprias despesas no período em que permanecerem em estabelecimentos prisionais.
Ele acha que, embora a Constituição diga que não haverá trabalho forçado no país, "o preso tem que ser obrigado a trabalhar". Ele afirmou que muitos deles fazem isso por livre e espontânea vontade e, por isso, conseguem abatimento no cumprimento da pena.