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Por credibilidade, Temer chamará Mariz para compor governo

Crise na cúpula do Planalto foi determinante para presidente convidar advogado para vaga de assessor especial da Presidência

O presidente Michel Temer: pressão de diversos grupos para alteração na reforma da Previdência (Ueslei Marcelino/Reuters)

Marcelo Ribeiro

Publicado em 3 de março de 2017 às 08h53.

Última atualização em 3 de março de 2017 às 12h59.

 

Brasília - O presidente Michel Temer (PMDB) ainda não desistiu de ter o advogado Antonio Claudio Mariz no governo. A interlocutores, o peemedebista tem afirmado que Mariz pode atribuir credibilidade aos movimentos do Palácio do Planalto em relação a segurança pública .

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A crise que atinge a cúpula do governo, principalmente o ministro-chefe da Casa Civil , Eliseu Padilha (PMDB-RS), foi determinante para que Temer decidisse convidar o advogado para integrar sua equipe. Nesta sexta-feira (3), Temer deve sondar Mariz sobre a possibilidade de o advogado assumir a vaga de assessor especial da Presidência da República.

O advogado chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública em duas oportunidades. No ano passado, antes de Alexandre de Moraes - que agora é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) - assumir a pasta, Mariz foi convidado. Declarações dele sobre a Operação Lava Jato enfraqueceram sua indicação. Em fevereiro, o advogado chegou a estar entre os cotados para ser o titular da pasta, mas o cargo acabou ficando para Osmar Serraglio (PMDB-PR).

Auxiliares do Palácio do Planalto admitem que a iniciativa de Temer tem como objetivo conter o avanço de uma eventual crise de confiança sobre o governo.

“Além de reforçar o núcleo político, Mariz poderia ser um consultor importante caso novos capítulos da crise penitenciária viessem à tona”, disse um interlocutor do presidente a EXAME.com.

Com Padilha afastado e mergulhado em denúncias e a saída de Rodrigo Rocha Loures, que assumirá vaga na Câmara dos Deputado no lugar de Serraglio, Temer só conta com dois aliados em plena atividade no núcleo duro do governo: o ministro da Secretaria do Governo, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), e o secretário-geral da Presidência, Moreira Franco (PMDB-RJ). Nesse cenário, Mariz poderia ser uma solução imediata para restabelecer a confiança na cúpula do governo.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre de MoraesMichel TemerMinistério da Casa CivilMinistério da Justiça e Segurança PúblicaMoreira FrancoOperação Lava JatoOsmar SerraglioSegurança públicaSupremo Tribunal Federal (STF)

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