Brasil

População LGBT recebe centro de cidadania em São Paulo

Até o final do ano, outros três centros devem ser inaugurados


	Centro LGBT: até o final do ano, outros três centros devem ser inaugurados
 (Tânia Rêgo/Arquivo Agência Brasil)

Centro LGBT: até o final do ano, outros três centros devem ser inaugurados (Tânia Rêgo/Arquivo Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2016 às 13h51.

São Paulo - Começou a funcionar hoje (31), no bairro de Santo Amaro, na capital paulista, o Centro de Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

A população LGBT da região passa a contar agora com atendimento psicológico, social, assessoria jurídica, orientação e encaminhamento às políticas públicas da prefeitura nas áreas de saúde, educação e trabalho.

O novo centro tem salas de atendimento, de testagem HIV, auditório, de reunião e videoteca de filmes LGBT.

Há ainda uma Unidade Móvel de Cidadania LGBT, que percorre a região de quarta a domingo para divulgar o serviço ou dar atendimento nos bairros. O espaço é o segundo aberto na cidade e vai promover palestras, oficinas e debates abertos à população.

Até o final do ano, outros três centros devem ser inaugurados.

“O serviço não é novidade no Brasil, mas este é o maior em espaço físico, com 500 metros quadrados, e horário de atendimento, de segunda a sexta-feira das 9h às 21h”, disse o coordenador de políticas LGBT da prefeitura, Alessandro Melchior.

De acordo com Melchior, uma das formas de promover a cidadania para a população LGBT é dar a elas um espaço para que falem de questões particulares do seu dia a dia com pessoas que poderão entendê-las e auxiliá-las da maneira correta.

Ele citou, como exemplo, pessoas que apanham em casa ou que são discriminadas na escola, na unidade básica de saúde, ou em outros locais, inclusive que não são tratadas por seu nome social.

“Promover cidadania, individualmente, para essas pessoas é melhorar o atendimento nesses serviços e melhorar para quem sofre a discriminação. Quem apanha e é expulso de casa não sabe o que fazer, porque não tem como encontrar ajuda na família e não vai procurar ajuda na igreja, na escola, que são locais onde também são discriminados”, afirmou.

Os profissionais do Centro de Cidadania LGBT vão visitar órgãos onde são prestados serviços públicos para orientar os funcionários sobre como tratar a população LGBT.

“Damos um olhar diferenciado para esses serviços, que não atendem adequadamente as pessoas. Nós visitando os locais, divulgando material de campanha, orientando e tentando sensibilizar esse serviço, justamente para que, aos poucos, passem a respeitar mais as pessoas, além de tratar melhor do assunto nas escolas”.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, defendeu a tolerância e o respeito com relação à população LGBT e ressaltou que o poder público deve garantir os direitos universais a essas pessoas.

“Aqui, temos profissionais que podem garantir à população LGBT a segurança que muitas vezes elas não têm, porque se sentem inseguras e vulneráveis, muitas vezes alvo de violência. Entendo que nós cumprimos, rigorosamente, o que determina nossa Constituição, para que não haja preconceito de nenhum tipo.”

Acompanhe tudo sobre:Aidscidades-brasileirasDoençasEpidemiasEscolasFernando HaddadLGBTMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitossao-pauloSaúdeServiço social

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso