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Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 20h29.
São Paulo – Maior cidade do país, São Paulo deverá começar a sofrer uma redução no número de habitantes a partir de 2040. As projeções da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) apontam que, em 2040, a capital paulista terá 12,2 milhões de habitantes, e a partir daí começará a perder população na proporção de 0,12% (negativo) por ano. Atualmente, São Paulo tem 11,4 milhões de habitantes.
“Uma mudança importante que a gente vai ter na capital é que ela vai passar a diminuir na década de 2040. Acho que isso era uma coisa que a gente não esperava”, ressaltou a gerente de demografia do Seade, Bernadette Waldvogel.
A queda acontecerá, segundo a fundação, por dois motivos: a continuação da tendência da chamada migração negativa (maior saída de pessoas do que chegada), que já acontece na capital, e o saldo negativo entre o número de nascimentos e mortes. Atualmente, a taxa de migração de São Paulo é de -2,4 migrantes por mil habitantes ao ano.
De acordo com Bernadette, a cidade atrai pessoas em idade economicamente ativa, especialmente dos 30 aos 35 anos, mas sofre a migração negativa de idosos e de quem retorna à terra natal. “Ela é uma cidade difícil de morar, principalmente quando se vai ficando um pouco mais velho e com muitas limitações”, explica.
A taxa de fecundidade na capital paulista também deverá cair ligeiramente ao longo dos próximos 40 anos. Hoje, a média é 1,7 filho por mulher, e em 2045, passará para 1,6 filho por mulher. Para 2013, a estimativa é o nascimento, em média, de 459 crianças por dia na cidade. Em 2050, o número deverá sofrer queda de 30%, chegando a 321 nascimentos por dia.
Com isso, o perfil da cidade irá mudar para uma população envelhecida. Serão cerca de 3,6 milhões de idosos em 2050, que irão responder por 29,8% da população da capital. Atualmente, São Paulo tem aproximadamente 1,4 milhão de pessoas na terceira idade. A idade média do paulistano passará de 34,6 anos, em 2013, para 43,7 anos, em 2050.
Também haverá um equilíbrio maior entre os sexos. A proporção sairá das atuais 100 mulheres para cada 90 homens e ficará em 100 mulheres para cada 93 homens.