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Políticos que me perdoem, mas caixa dois é trapaça, diz Moro

Para o ministro, caixa dois "não é tão grave quanto a corrupção, mas tem de ser criminalizado"

Sérgio Moro: "nós estamos reconhecendo o problema e queremos mandar uma mensagem" (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 14h54.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2019 às 16h25.

São Paulo - O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro , fez nesta quinta-feira, 7, uma defesa enfática da criminalização do caixa dois , um dos pontos do projeto anticrime apresentado por ele no começo da semana.

"Os políticos que me perdoem, mas caixa dois é trapaça, é crime. Não tão grave quanto a corrupção, mas tem de ser criminalizado", afirmou o ministro.

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Moro defendeu em mais de uma vez na palestra a necessidade de governo, Congresso e sociedade civil.

O ministro disse ainda que o Estado tem de reconhecer a existência de organizações criminosas.

"Sinceramente não deu certo. Não reconhecer o problema é pior. Nós estamos reconhecendo o problema e queremos mandar uma mensagem", disse.

Licença para matar

Moro também defendeu que o projeto de lei anticrime apresentado por ele no início da semana não concede licença para policiais matarem.

"O que existe é um aclaramento de ações que ocorrem na prática", afirmou, em relação ao trecho do projeto que trata da modificação do que é considerado legítima defesa.

"Na prática os juízes resolvem isso ao não reconhecermos situações de excesso (de policiais)."

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