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Políticos avaliam que governo agiu rápido para evitar crise

A avaliação é que a reação foi rápida e impediu que uma crise maior se instalasse, com pouco menos de duas semanas de governo.

Governo Temer: “Esse pedido de licença, apesar do desgaste que já causou ao governo, é um ato meritório" (Adriano Machado/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 19h52.

Brasília - Lideranças parlamentares no Congresso que apoiam o governo do presidente interino Michel Temer viram com bons olhos a decisão de Romero Jucá de se afastar do comando do Ministério do Planejamento, após divulgação de conversa em que ele teria sugerido um pacto para paralisar a operação Lava Jato.

A avaliação é que a reação foi rápida e impediu que uma crise maior se instalasse, com pouco menos de duas semanas de governo.

“Esse pedido de licença, apesar do desgaste que já causou ao governo, é um ato meritório daqueles que querem contribuir para o bem do país”, avaliou o deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara.

Ao citar episódio do então ministro da Casa Civil Henrique Hargreaves, que se afastou do cargo no governo de Itamar Franco, Bueno disse que seria “insustentável” a manutenção de Jucá.

“Ninguém consegue de forma alguma ficar de pé no governo com denúncias da Lava Jato”, afirmou, acrescentando que todos os ministros investigados da Lava Jato deveriam deixar os cargos.

Homem forte do governo Itamar, Hargreaves foi acusado de irregularidades na elaboração de emendas ao Orçamento da União na época que assessorava o PFL (antigo nome do DEM).

Hargreaves deixou o cargo, mas depois, considerado inocente pela CPI que investigou as irregularidades no Orçamento, foi convidado pelo presidente para reassumir o cargo.

Para o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelio (AM), a decisão tomada por Jucá foi um a ”solução precisa para uma eventual crise que não se consuma”.

“A diferença entre esse governo e o anterior é que há uma solução rápida”, disse Pauderney.

O líder do PSDB na Casa, Antonio Imbassahy (BA), aproveitou para rebater menções a seu partido na conversa divulgada nesta segunda-feira de conversa entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, na qual o ministro teria sugerido que uma troca no governo federal resultaria em pacto para frear os avanços da Lava Jato.

Em entrevista coletiva, Jucá repeliu o teor da reportagem e disse que as frases da conversa foram "pinçadas e colocadas fora do contexto".

META Parlamentares se repetiram ao afirmar que o episódio desta segunda não contaminará a discussão de projeto que altera a meta fiscal.

O projeto foi entregue a Renan pessoalmente pelo presidente interino na tarde desta segunda, acompanhado de Jucá, do ministro da Fazendo, Henrique Meirelles, e do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu adiantar a sessão conjunta da Câmara e do Senado para às 11h, para garantir a aprovação da proposta, a despeito de provável obstrução de partidos como o PT, que fazem oposição ao governo Temer.

Após o encontro, Renan garantiu que fará o possível pela aprovação da matéria e avaliou que o que está em jogo agora são os interesses do país.

"O Brasil precisa encontrar uma saída, não é o governo Temer, é o Brasil, e o Temer é a única saída constitucionalmente à vista, então ela precisa ser ajudada", disse.

Na noite de sexta-feira, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Jucá anunciaram que pediriam ao Congresso autorização para fechar 2016 com déficit primário recorde de 170,5 bilhões de reais.

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Brasília - Lideranças parlamentares no Congresso que apoiam o governo do presidente interino Michel Temer viram com bons olhos a decisão de Romero Jucá de se afastar do comando do Ministério do Planejamento, após divulgação de conversa em que ele teria sugerido um pacto para paralisar a operação Lava Jato.

A avaliação é que a reação foi rápida e impediu que uma crise maior se instalasse, com pouco menos de duas semanas de governo.

“Esse pedido de licença, apesar do desgaste que já causou ao governo, é um ato meritório daqueles que querem contribuir para o bem do país”, avaliou o deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara.

Ao citar episódio do então ministro da Casa Civil Henrique Hargreaves, que se afastou do cargo no governo de Itamar Franco, Bueno disse que seria “insustentável” a manutenção de Jucá.

“Ninguém consegue de forma alguma ficar de pé no governo com denúncias da Lava Jato”, afirmou, acrescentando que todos os ministros investigados da Lava Jato deveriam deixar os cargos.

Homem forte do governo Itamar, Hargreaves foi acusado de irregularidades na elaboração de emendas ao Orçamento da União na época que assessorava o PFL (antigo nome do DEM).

Hargreaves deixou o cargo, mas depois, considerado inocente pela CPI que investigou as irregularidades no Orçamento, foi convidado pelo presidente para reassumir o cargo.

Para o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelio (AM), a decisão tomada por Jucá foi um a ”solução precisa para uma eventual crise que não se consuma”.

“A diferença entre esse governo e o anterior é que há uma solução rápida”, disse Pauderney.

O líder do PSDB na Casa, Antonio Imbassahy (BA), aproveitou para rebater menções a seu partido na conversa divulgada nesta segunda-feira de conversa entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, na qual o ministro teria sugerido que uma troca no governo federal resultaria em pacto para frear os avanços da Lava Jato.

Em entrevista coletiva, Jucá repeliu o teor da reportagem e disse que as frases da conversa foram "pinçadas e colocadas fora do contexto".

META Parlamentares se repetiram ao afirmar que o episódio desta segunda não contaminará a discussão de projeto que altera a meta fiscal.

O projeto foi entregue a Renan pessoalmente pelo presidente interino na tarde desta segunda, acompanhado de Jucá, do ministro da Fazendo, Henrique Meirelles, e do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu adiantar a sessão conjunta da Câmara e do Senado para às 11h, para garantir a aprovação da proposta, a despeito de provável obstrução de partidos como o PT, que fazem oposição ao governo Temer.

Após o encontro, Renan garantiu que fará o possível pela aprovação da matéria e avaliou que o que está em jogo agora são os interesses do país.

"O Brasil precisa encontrar uma saída, não é o governo Temer, é o Brasil, e o Temer é a única saída constitucionalmente à vista, então ela precisa ser ajudada", disse.

Na noite de sexta-feira, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Jucá anunciaram que pediriam ao Congresso autorização para fechar 2016 com déficit primário recorde de 170,5 bilhões de reais.

Acompanhe tudo sobre:Ministério do PlanejamentoOperação Lava Jato

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