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Polícia ouve nesta tarde mulher de João de Deus

Ana Keyla Teixeira, mulher do médium João de Deus, é mãe da filha mais nova do líder religioso acusado de crimes sexuais

Imagem de arquivo de João de Deus: médium é acusado por centenas de mulheres de crimes sexuais (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Imagem de arquivo de João de Deus: médium é acusado por centenas de mulheres de crimes sexuais (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de dezembro de 2018 às 10h57.

A esposa do médium João de Deus, Ana Keyla Teixeira, de 40 anos, prestará depoimento nesta quarta-feira (26), a partir de 13h, na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia. Ana Keyla, que tem defendido o marido, será interrogada pelo delegado Valdemir Pereira. Ela é mãe da filha mais nova do médium, acusado de crimes sexuais.

Um novo depoimento do médium João de Deus não deverá mais ocorrer esta semana, como estava previsto. Segundo informações da Polícia Civil de Goiás, o investigado só será ouvido depois de novas diligências, incluindo oitivas de testemunhas.

João de Deus terá que explicar a origem de mais de R$ 1,6 milhão escondidos em endereços ligados a ele, além das das cinco armas sem registro apreendidas. Ao todo, o médium pode responder por quatro crimes: estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e posse ilegal de arma.

Dinheiro apreendido em endereços de João de Deus - Polícia Civil de Goiás/Divulgação

Histórico

A força-tarefa do Ministério Público (MP) de Goiás, que investiga as denúncias de crimes sexuais envolvendo o médium, já recebeu 596 relatos de mulheres que se dizem vítimas de João de Deus. Dessas, 75 já foram ouvidas em Goiás e em outros estados.

Segundo os promotores que atuam na força tarefa, das 255 pessoas identificadas, 23 tinham entre 9 e 14 anos na ocasião dos fatos, 28 delas, entre 15 e 18 anos, e 70, idade de 19 a 67 anos.

João de Deus está preso preventivamente desde o dia 16 no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, a 18 quilômetros da capital. A defesa já recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de reverter a detenção para prisão domiciliar com tornozeleira.

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