Abusos: em menos de uma semana, duas jovens foram atacadas e conseguiram se livrar após lutarem com o suspeito (Kevin Lamarque / Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2016 às 17h33.
São Paulo - A Polícia Civil investiga ataques a estudantes da Universidade de São Paulo (USP) na região do câmpus de São Carlos (SP), no bairro Jardim Lutfalla.
Em menos de uma semana, duas jovens foram atacadas e conseguiram se livrar após lutarem com o suspeito.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) investiga o caso e na segunda-feira, 11, ouviu um suspeito que foi detido pela Polícia Militar. Ele, porém, acabou liberado após não ter sido reconhecido pelas vítimas.
A polícia orienta as estudantes a evitarem andar sozinhas na região e em locais com pouca iluminação. O caso mais recente aconteceu na noite de domingo, 10, quando uma jovem de 20 anos foi arrastada para o mato na lateral de um córrego próximo ao câmpus.
Ela contou que foi abordada na esquina da Avenida Francisco Pereira Lopes e levou vários socos. O homem chegou a abaixar sua bermuda. Ela o acertou com um pedaço de cabo de guarda-chuva e fugiu correndo para a rua.
De dia. O outro ataque ocorreu na última quarta-feira, 6, por volta das 7 horas, quando uma estudante de 19 anos seguia para as aulas no câmpus. Ela foi atacada na esquina da Rua Luiz Vaz de Toledo por um homem negro e alto que tentou agarrá-la e colocou a mão dentro de sua calça.
"Em pouco tempo ele já estava me empurrando para o muro e em cima de mim", contou. Ela, então, entrou em luta com o homem, mordeu sua mão e começou a gritar. Ele fugiu correndo e ainda levou o aparelho celular da vítima.
Insegurança
Abusos sexuais também têm sido denunciados por estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Há dez dias, uma aluna diz ter sido surpreendida por um homem se masturbando e caminhando em sua direção na região do câmpus. Ela fugiu correndo.
Para discutir a segurança nas universidades locais, a Câmara Municipal de São Carlos deverá realizar uma audiência pública. O objetivo é reunir polícia, prefeitura, educadores e outras autoridades para encontrar a melhor forma de enfrentar o problema.