Jovem passa em frente a fachada da Boate Kiss, onde 242 pessoas morreram, em Santa Maria (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2014 às 14h17.
Porto alegre - A Polícia Civil de Santa Maria indiciou mais 18 pessoas por irregularidades nos processos de pedidos e emissão de licenças para funcionamento da Boate Kiss, em inquérito complementar ao que investigou o incêndio na casa noturna encerrado na sexta-feira (18).
A tragédia ocorreu em 27 de janeiro de 2013 e matou 242 pessoas. Dois sócios do estabelecimento e dois integrantes da banda que animava a festa estudantil quando o fogo começou já respondem a processo criminal por homicídios.
O inquérito complementar detectou que alvarás de funcionamento da boate foram emitidos com base em documentos inadequados ou com informações incompletas e acusa 11 pessoas por falsidade ideológica, uma por prevaricação, uma por fraude processual, três por falso testemunho e seis por crime ambiental, sendo que, desses, três são funcionários públicos.
Algumas estão indiciadas em mais de um crime. Entre os acusados estão sócios da boate e familiares dele, empregados do estabelecimento e funcionários públicos.
O relatório foi encaminhado ao Ministério Público, que pode oferecer denúncia à Justiça, pedir mais investigações ou arquivá-lo. A Polícia também remeteu uma cópia à prefeitura, para providências administrativas cabíveis.