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Polícia Federal prende mais dois suspeitos de hackear autoridades

Na primeira fase da operação, quatro pessoas foram presas pela invasão de celulares de pelo menos mil pessoas, entre elas autoridades

PF: a segunda fase da operação aconteceu em São Paulo, Sertãozinho (SP) e Brasília (Sergio Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de setembro de 2019 às 13h50.

Última atualização em 19 de setembro de 2019 às 13h52.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 19, a segunda fase da Operação Spoofing, que investiga a invasão de celulares pelo menos mil pessoas, entre elas autoridades como o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça Sérgio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato, inclusive Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa. Foram presos o programador de computadores Thiago Martins, o "Chiclete", e Luiz Molição.

"Chiclete" se encontrou com Walter Delgatti Neto, o Vermelho, em Brasília. Ele já esteve envolvido em um episódio de compra de uma Land Rover com Tulio Guerreiro, ex-jogador de futebol do Botafogo e do Corinthians - a transação não se concluiu.

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Cerca de 30 policiais federais participaram das ações realizando ainda buscas em quatro imóveis ligados aos investigados. As ordens foram cumpridas em São Paulo, Sertãozinho (SP) e Brasília.

O programador já está detido numa carceragem da PF em Brasília e Molição, preso em Sertãozinho, deve ser transferido ainda nesta quinta-feira, de avião, para Brasília. Ainda não há previsão de quando os dois serão ouvidos.

A primeira etapa prendeu quatro investigados, entre eles Walter Delgatti Neto, o "Vermelho" que confessou o hackeamento e o repasse das informações para o portal The Intercept Brasil, que tem divulgado diálogos atribuídos a Moro e aos procuradores. O hacker disse que não cobrou contrapartidas financeiras para repassar os dados.

Além de "Vermelho", descrito como líder do grupo, a primeira fase da operação prendeu no dia 23 de julho Gustavo Henrique Santos, o DJ de Araraquara, sua mulher, Suellen Priscila de Oliveira e Danilo Cristiano Marques.

A PF tem focado em desvendar se houve pagamento para a obtenção e compartilhamento de mensagens por parte dos hackers. No fim de agosto, novas medidas foram pedidas relacionadas à apuração de fraudes bancárias.

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