Índio da Costa chegou a ter bens bloqueados quando da intervenção do BC no Cruzeiro do Sul (Fernando Moraes/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2012 às 21h44.
São Paulo – A Polícia Federal prendeu na tarde desta segunda-feira o ex-presidente do Banco Cruzeiro do Sul, Luis Octávio Índio da Costa, em um condomínio na cidade de Cotia, na Grande São Paulo. Segundo nota emitida pela PF, havia um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em razão de um inquérito policial que tramita na Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros.
O inquérito foi instaurado em junho deste ano, após encaminhamento de informações do Banco Central sobre a constatação de fraudes contábeis realizadas pelo banco. A investigação se debruça sobre crimes contra o sistema financeiro, contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro. Luis Octávio Índio da Costa será indiciado por todos estes crimes e, se condenado, pode ter de cumprir penas de 1 a 12 anos de prisão e multa, diz a nota da PF. Ao longo da investigação, continua a nota, a PF detectou outras condutas criminosas, além de ter identificado diversas vítimas de fraudes em fundos de investimento.
O Banco Cruzeiro do Sul foi liquidado em meados de setembro, depois que as negociações para a venda da instituição fracassaram. O banco passou por um período de intervenção do Banco Central denominado Regime de Administração Especial Temporária (RAET), depois que foram detectados indícios de fraudes em suas contas. Entre as irregularidades estariam cerca de 300.000 contratos de crédito fictícios. O Banco Central estimou o rombo do banco em 2,23 bilhões de reais.